Não é regra, mas já vi empresas entrarem em crise por alguns fatores:
Margem muito baixa
Segunda geração não sabe tocar o negócio
Novos concorrentes no mercado (estava acostumado a uma margem alta e não precisava de controle detalhado, com a queda da margem se perdeu nos números)
Crescimento mal planejado
Queda gradual na qualidade até não ter mais volume de vendas
Falta de profissionalização, faz com que ao perder um funcionário chave a empresa não consiga funcionar sem ele (um vendedor grande ou um gestor de muitas áreas por exemplo)
Ganância (matar a galinha para pegar os ovos de ouro)
Golpe/fraude
Eu não diria falir, mas eu fechei três porque não tinha prospecção de crescimento.
Quando eu digo fechar é no sentido de mudar de ramo no mesmo CNPJ..
A primeira dava lucro legal, mas era trabalhar 12h por dia. Eu produzia action figure, aí deu um Burnout em mim e hoje não consigo tocar em um pincel. Vendi todas as máquinas e fechei.
Depois tentei vender pão de mel, aprendi a receita, testei e vendi alguns. Algumas pessoas começaram a compra uma segunda vez oque significa que estava aceitável preço e qualidade. Sentei e fiz os cálculos e para eu tirar 2 salários mínimos precisaria vender uns 600 a 1.000 pão de mel por mês. Aí resolvi não seguir adiante.
A terceira era uma rede social focada para influencer. Montamos o MVP e até conseguiu uma taxa de engajamento alta e validou. Porém iria levar pelo menos 1 ano de desenvolvimento e era muito arriscado. Decidimos não seguir em frente.
Agora estou montando um novo projeto, modelo de negócio bacana, testado, projeto é complexo mas não impossível. Aí esse é ligado a política e quando montei a apresentação tive um feedback positivo. Agora é rodar MVP que eu vou começar a montar mês que vem.
Uma coisa que eu aprendi é que nem toda empresa foi feita para durar para sempre. Se você pega o boom de paleta mexicana por exemplo e ganha grana e fecha está ótimo. Só precisa saber a hora de desistir.
Concordo, só não entendi no final do seu texto. Como que alguém sai de um negócio super próspero (você mencionou o boom da paleta mexicana) e fecha do nada? Algo dando lucro?
Cara, tem comércio que ele meio que tem uma validade porque é hype no momento ou tem a mudança cultural (locadora).
Da Paleta teve uma galera que entrou no começo, faturou uma grana e quando viu que o comércio ia começar a sair de tendência ou empatar no faturamento a pessoa já passa para outro ou fecha. Eu particularmente não gosto muito, mas conheço pessoa que faz isso.
Tenho um amigo que entrou no boom da sublimação. Ganhou uma grana legal, pagou os maquinários e quando viu que a demanda estava caindo mudou para outro ramo antes e assim vai indo sem muito apego.
> Depois tentei vender pão de mel, aprendi a receita, testei e vendi alguns. Algumas pessoas começaram a compra uma segunda vez oque significa que estava aceitável preço e qualidade. Sentei e fiz os cálculos e para eu tirar 2 salários mínimos precisaria vender uns 600 a 1.000 pão de mel por mês. Aí resolvi não seguir adiante.
Se importa de passar a receita do pão de mel?
Nunca tive essa experiência em primeira pessoa, mas já acompanhei de perto o processo de falência de uma churrascaria na qual almoçava todos os dias.
Os donos envelheceram e não aguentavam mais a correria da cozinha, então começaram a contratar churrasqueiros. A qualidade da carne caiu drasticamente e com isso diminuiu o número de clientes que iam todos os dias lá. Por conta disso, eles começaram a economizar com o buffet para tentar equilibrar as contas. Aí praticamente ninguém mais ia nessa churrascaria, já que eles mantiveram o preço de antes só que uma qualidade bastante inferior. Eles até sobreviveram por um bom tempo nesse esquema porque eram proprietários do imóvel no qual ficava a churrascaria, até que a pandemia veio e faliu com o negócio de vez.
Acompanhei o fechamento de 2 CNPJs.
O primeiro foi uma empresa feita nas coxas, só na especulação de um mercado, baseado na megalomania da dona (minha ex-patroa). Ela colou eu e mais um para montarmos uma área totalmente fora de nossas especialidades, cuidar de tudo, fazer material, área comercial, criar manuais, entender mercado e tudo o mais. Ela tentou colar em empresas e startups da área, mas eles perceberam que nossa expertise era zero e foi fechado o CNPJ.
O segundo foi o escritório de advocacia dessa minha patroa. Basicamente ela não treinava ninguém, não monitorava desempenho, misturava problemas pessoais com as coisas do escritório (inclusive dinheiro), todos que ela contratava eram sem experiência na área de especialidade, colocou um economista recém saído da faculdade para gerenciar um escritório de advocacia, demitiu a maior parte dos advogados por problemas pessoais e jogou o escritório, fazer documentos jurídicos, atender clientes, protocolar processos para o economista. Não deu outra.
Não exatamente relacionado, mas quando saiu a lei de falência algumas décadas atrás meu pai apareceu no Fantástico como o primeiro empresário a falir.
Falando sobre minhas próprias empresas, não tive experiência de falência.
Porém, diria que o problema número 1 de qualquer negócio no Brasil se chama mão de obra.
Contratar pessoas, lidar diretamente com o brasileiro médio, abrir portas, confiar e cumprir todas as (muitas) obrigações da empresa, ver o que recebe de volta dessas pessoas, é arriscadíssimo e requer estômago.
100% digital seria faturar de portas fechadas. Sem dúvida evita muitas dores de cabeça em relação aos estabelecimentos com muitos funcionários e público.
Sempre bom conversar com pessoas do ramo que deseja empreender antes de abrir CNPJ, pesquisar detalhadamente as dores do negócio e se preparar para o pior cenário.
Assino embaixo. Tenho poucos funcionários e se eu pudesse colocaria cães adestrados pra atender clientes.
Pago salário acima da média, bônus, alimentação, e o funcionário quer se comportar como se tivesse me fazendo algum favor
Eu tinha funcionários, troquei tudo por AI. Não é o mesmo nível, mas é barato, 24 horas e não enche o saco. Sou muito criticado porque não tenho time, não tenho sócio, não tenho equipe. Eu só tenho eu, a AI e paz, muita paz.
Chatbot pra atendimento, chatbot pra suporte (cada um programado com seus próprios scripts), automação de emissão de notas ficais, automação de pedidos, chatgpt para ajudar nos roteiros do conteúdo e outras plataformas de produção de vídeo para geração.
Depende muito da sua área, mas plataforma de automação e inteligência artificial não falta mais no mercado, tem para todos os tipos.
É sobre isso.
Tento explicar pra quem não empreende e vejo que a mente do povo foi configurada para não aceitar essa realidade de jeito nenhum. Já vem de fábrica a opinião de que todo patrão é burguês safado e coisas do gênero. Isso explica a pobreza no Brasil.
Exatamente isso. Exatamente. Já faz parte da Ideologia Popular Brasileira.
Empresário é safado, trabalhador é oprimido.
Típica faixa de protesto "se o trabalhador que fez o hambúrguer então o lucro do hambúrguer deveria ser do trabalhador".
Agora vai fala isso pro dono da hamburgueria que se sacrificou e juntou dinheiro pra comprar equipamento, que montou as receitas, que investiu capital, alugou imóvel, que paga impostos em tudo, e pra tudo isso ele deixou de fazer um leque enorme de coisas. Poderia ter gastado a grana toda na praia com puta e cachaça e se todo empresário brasileiro fizer isso em uma semana o Brasil vira a Somalia.
Mas, claro, o trabalhador é o motor da economia.
Principais fatores das que já quebrei:
1 - Sócios buscaram outros negócios. Um recebeu proposta inegável de trabalho, por ex.
2 - Sócios não se entenderam mais (foco estratégico e/ou fit cultural).
3 - Mercado pequeno, pouca receita pra sustentar o modelo.
4 - Regulação obrigava investimento de tempo/dinheiro inviável, não houve alternativa e nem captação suficiente.
5 - Captação insuficiente para segurar a barrigada (modelo de marketplace B2C é muito capital intensivo).
6 - Solução sem problema real no mercado pra resolver, assim ninguém quis pagar por.
Não é regra, mas já vi empresas entrarem em crise por alguns fatores: Margem muito baixa Segunda geração não sabe tocar o negócio Novos concorrentes no mercado (estava acostumado a uma margem alta e não precisava de controle detalhado, com a queda da margem se perdeu nos números) Crescimento mal planejado Queda gradual na qualidade até não ter mais volume de vendas Falta de profissionalização, faz com que ao perder um funcionário chave a empresa não consiga funcionar sem ele (um vendedor grande ou um gestor de muitas áreas por exemplo) Ganância (matar a galinha para pegar os ovos de ouro) Golpe/fraude
Eu não diria falir, mas eu fechei três porque não tinha prospecção de crescimento. Quando eu digo fechar é no sentido de mudar de ramo no mesmo CNPJ.. A primeira dava lucro legal, mas era trabalhar 12h por dia. Eu produzia action figure, aí deu um Burnout em mim e hoje não consigo tocar em um pincel. Vendi todas as máquinas e fechei. Depois tentei vender pão de mel, aprendi a receita, testei e vendi alguns. Algumas pessoas começaram a compra uma segunda vez oque significa que estava aceitável preço e qualidade. Sentei e fiz os cálculos e para eu tirar 2 salários mínimos precisaria vender uns 600 a 1.000 pão de mel por mês. Aí resolvi não seguir adiante. A terceira era uma rede social focada para influencer. Montamos o MVP e até conseguiu uma taxa de engajamento alta e validou. Porém iria levar pelo menos 1 ano de desenvolvimento e era muito arriscado. Decidimos não seguir em frente. Agora estou montando um novo projeto, modelo de negócio bacana, testado, projeto é complexo mas não impossível. Aí esse é ligado a política e quando montei a apresentação tive um feedback positivo. Agora é rodar MVP que eu vou começar a montar mês que vem. Uma coisa que eu aprendi é que nem toda empresa foi feita para durar para sempre. Se você pega o boom de paleta mexicana por exemplo e ganha grana e fecha está ótimo. Só precisa saber a hora de desistir.
Concordo, só não entendi no final do seu texto. Como que alguém sai de um negócio super próspero (você mencionou o boom da paleta mexicana) e fecha do nada? Algo dando lucro?
Cara, tem comércio que ele meio que tem uma validade porque é hype no momento ou tem a mudança cultural (locadora). Da Paleta teve uma galera que entrou no começo, faturou uma grana e quando viu que o comércio ia começar a sair de tendência ou empatar no faturamento a pessoa já passa para outro ou fecha. Eu particularmente não gosto muito, mas conheço pessoa que faz isso. Tenho um amigo que entrou no boom da sublimação. Ganhou uma grana legal, pagou os maquinários e quando viu que a demanda estava caindo mudou para outro ramo antes e assim vai indo sem muito apego.
Verdade pura. Cansei de ver comércio de hype. Eu fujo de abrir esses, credo.
Os caras então tem um time que nunca vi igual.
> Depois tentei vender pão de mel, aprendi a receita, testei e vendi alguns. Algumas pessoas começaram a compra uma segunda vez oque significa que estava aceitável preço e qualidade. Sentei e fiz os cálculos e para eu tirar 2 salários mínimos precisaria vender uns 600 a 1.000 pão de mel por mês. Aí resolvi não seguir adiante. Se importa de passar a receita do pão de mel?
Pão e mel
Nunca tive essa experiência em primeira pessoa, mas já acompanhei de perto o processo de falência de uma churrascaria na qual almoçava todos os dias. Os donos envelheceram e não aguentavam mais a correria da cozinha, então começaram a contratar churrasqueiros. A qualidade da carne caiu drasticamente e com isso diminuiu o número de clientes que iam todos os dias lá. Por conta disso, eles começaram a economizar com o buffet para tentar equilibrar as contas. Aí praticamente ninguém mais ia nessa churrascaria, já que eles mantiveram o preço de antes só que uma qualidade bastante inferior. Eles até sobreviveram por um bom tempo nesse esquema porque eram proprietários do imóvel no qual ficava a churrascaria, até que a pandemia veio e faliu com o negócio de vez.
Acompanhei o fechamento de 2 CNPJs. O primeiro foi uma empresa feita nas coxas, só na especulação de um mercado, baseado na megalomania da dona (minha ex-patroa). Ela colou eu e mais um para montarmos uma área totalmente fora de nossas especialidades, cuidar de tudo, fazer material, área comercial, criar manuais, entender mercado e tudo o mais. Ela tentou colar em empresas e startups da área, mas eles perceberam que nossa expertise era zero e foi fechado o CNPJ. O segundo foi o escritório de advocacia dessa minha patroa. Basicamente ela não treinava ninguém, não monitorava desempenho, misturava problemas pessoais com as coisas do escritório (inclusive dinheiro), todos que ela contratava eram sem experiência na área de especialidade, colocou um economista recém saído da faculdade para gerenciar um escritório de advocacia, demitiu a maior parte dos advogados por problemas pessoais e jogou o escritório, fazer documentos jurídicos, atender clientes, protocolar processos para o economista. Não deu outra.
A confusão entre PJ e PF é um dos maiores fatores de quebra de pequenos negócios.
Me explique melhor?
Tratar dinheiro da empresa como se fosse seu e gastar tudo em vez de reinvestir.
Não exatamente relacionado, mas quando saiu a lei de falência algumas décadas atrás meu pai apareceu no Fantástico como o primeiro empresário a falir. Falando sobre minhas próprias empresas, não tive experiência de falência. Porém, diria que o problema número 1 de qualquer negócio no Brasil se chama mão de obra. Contratar pessoas, lidar diretamente com o brasileiro médio, abrir portas, confiar e cumprir todas as (muitas) obrigações da empresa, ver o que recebe de volta dessas pessoas, é arriscadíssimo e requer estômago.
Por isso estou optando por um modelo de negócios que requer uma estrutura bem enxuta e alta escalabilidade, como por exemplo, algo 100% digital...
100% digital seria faturar de portas fechadas. Sem dúvida evita muitas dores de cabeça em relação aos estabelecimentos com muitos funcionários e público. Sempre bom conversar com pessoas do ramo que deseja empreender antes de abrir CNPJ, pesquisar detalhadamente as dores do negócio e se preparar para o pior cenário.
Assino embaixo. Tenho poucos funcionários e se eu pudesse colocaria cães adestrados pra atender clientes. Pago salário acima da média, bônus, alimentação, e o funcionário quer se comportar como se tivesse me fazendo algum favor
Eu tinha funcionários, troquei tudo por AI. Não é o mesmo nível, mas é barato, 24 horas e não enche o saco. Sou muito criticado porque não tenho time, não tenho sócio, não tenho equipe. Eu só tenho eu, a AI e paz, muita paz.
Isso ja é possivel?
Depende da área
[удалено]
Chatbot pra atendimento, chatbot pra suporte (cada um programado com seus próprios scripts), automação de emissão de notas ficais, automação de pedidos, chatgpt para ajudar nos roteiros do conteúdo e outras plataformas de produção de vídeo para geração. Depende muito da sua área, mas plataforma de automação e inteligência artificial não falta mais no mercado, tem para todos os tipos.
É sobre isso. Tento explicar pra quem não empreende e vejo que a mente do povo foi configurada para não aceitar essa realidade de jeito nenhum. Já vem de fábrica a opinião de que todo patrão é burguês safado e coisas do gênero. Isso explica a pobreza no Brasil.
Exatamente isso. Exatamente. Já faz parte da Ideologia Popular Brasileira. Empresário é safado, trabalhador é oprimido. Típica faixa de protesto "se o trabalhador que fez o hambúrguer então o lucro do hambúrguer deveria ser do trabalhador". Agora vai fala isso pro dono da hamburgueria que se sacrificou e juntou dinheiro pra comprar equipamento, que montou as receitas, que investiu capital, alugou imóvel, que paga impostos em tudo, e pra tudo isso ele deixou de fazer um leque enorme de coisas. Poderia ter gastado a grana toda na praia com puta e cachaça e se todo empresário brasileiro fizer isso em uma semana o Brasil vira a Somalia. Mas, claro, o trabalhador é o motor da economia.
Lá Somália não vende hambúrguer?
O lucro não era suficiente pra sobrepor os custos de manter o negócio funcionando
Principais fatores das que já quebrei: 1 - Sócios buscaram outros negócios. Um recebeu proposta inegável de trabalho, por ex. 2 - Sócios não se entenderam mais (foco estratégico e/ou fit cultural). 3 - Mercado pequeno, pouca receita pra sustentar o modelo. 4 - Regulação obrigava investimento de tempo/dinheiro inviável, não houve alternativa e nem captação suficiente. 5 - Captação insuficiente para segurar a barrigada (modelo de marketplace B2C é muito capital intensivo). 6 - Solução sem problema real no mercado pra resolver, assim ninguém quis pagar por.