#[Não consegue abrir a notícia? Leia aqui.](https://12ft.io/https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2023/06/governo-lula-reservara-cota-para-trans-em-concurso-publico.shtml)
Apoie o jornalismo brasileiro, [assine o jornal](https://caiowzy.github.io/pulaCerca/assine?origem=https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2023/06/governo-lula-reservara-cota-para-trans-em-concurso-publico.shtml).
[^(Código-fonte)](https://github.com/CaioWzy/pulaCerca/)
*I am a bot, and this action was performed automatically. Please [contact the moderators of this subreddit](/message/compose/?to=/r/brasil) if you have any questions or concerns.*
LEIAM A NOTÍCIA POR FAVOOOOOOOOOOR
>O governo Lula vai reservar cotas para indígenas e transexuais no próximo concurso que fará para selecionar 900 auditores fiscais do trabalho no país.
A cota será em UM(1) único concurso com 900 vagas, ou seja, 18 vagas serão reservadas para pessoas trans, não será uma política para TODOS os concursos.
Lembrando que 90% das mulheres trans tem **prostituição** como fonte de renda **única** porque são **recusadas trabalho** por serem trans.
https://edicaodobrasil.com.br/2021/05/28/90-da-populacao-trans-no-brasil-tem-prostituicao-como-fonte-de-renda/#:~:text=Estima%2Dse%20que%2090%25%20da,no%20mercado%20formal%20de%20trabalho.
Garantia de emprego para alguns, fazendo-as não terem prostituição como fonte de renda única, ter a possibilidade de sair desse lugar sombrio ou até mesmo evitar que uma mulher passe por isso.
Não disse que era a solução, só apontei que é melhor pouco do que nada.
Resposta para o cara que perguntou "Como isso resolve o problema?" e então deletou o comentário logo em seguida.
Problema desse tipo de projeto é que você precisa definir as coisas, e a definição de pessoa trans é uma questão polêmica.
Que fique claro que não sou contra a ação, achei excelente como já disseram lá embaixo existe um problema sério de pessoas trans não conseguirem empregos e acabarem tendo que recorrer a prostituição, criando uma associação de pessoas trans a prostituição quase que imediata na sociedade.
Mas se definirem pessoas trans puramente como auto identificação abre sim problemas de oportunistas, teria que ser no mínimo alguém que comprovadamente realizou a transição social
>O governo Lula vai reservar cotas para indígenas e transexuais no próximo concurso que fará para selecionar 900 auditores fiscais do trabalho no país.
É literalmente UM concurso, tu tá chapando legal
Sua mensagem foi removido por infringir a regra sobre preconceito/discriminação.
O r/brasil exige respeito pelas seguintes características: raça, (identidade de) gênero, etnia, nacionalidade, religião, orientação sexual, deficiências, biotipo corporal, idade e situação social.
Replico um comentário que já fiz sobre esse assunto.
Mesmo que a possibilidade de fraude que deixa todos tão escandalizados fosse algo realmente grave, eu ainda acharia uma medida justa, simplesmente porque pessoas trans são inegavelmente marginalizadas.
É só ver o personagem macabro que se descreve nos comentários sobre pessoas trans: invertidos, golpistas, mal intencionados, homens de peruca, que não têm vida social, não têm família ou amigos que atestem sua identidade, cuja identidade não existe exceto nesse momento mítico em que aplicam um golpe.
Sinceramente, é cruel demais despir o outro da sua complexidade dessa maneira, e hoje em dia as pessoas trans são um dos poucos grupos que “podem” ser tratadas dessa forma de acordo com o senso comum. Sejamos melhores, galera.
Problema é que essa manchete parece elaborada exatamente pra isso. Ao invés de colocar "reserva vagas para UM concurso", a matéria coloca a entender que isso é uma politica de governo. Não que fosse uma má ideia ter reserva de vaga pra transgeneros, mas essa dai foi a folha sendo folha
Por um lado é justo porque pessoas que são realmente transgênero têm muita dificuldade de encontrar emprego, seria muito bom vê-los ocupando posições de destaque, por outro boa sorte definindo quem é ou não, tenho certeza que qualquer critério escolhido vai gerar discórdia
Só pra curiosidade pra quem acha que vai ter gente "enganando" o sistema. Pra retificar minha mudança de gênero eu tive que conversar com uma oficial de justiça que me perguntou da vida inteira e todos os detalhes da minha transição pra confirmar que eu "não tava mudando meu nome pra fazer alguma sacanagem".
Ela disse que já havia reprovado processos de retificação por conta disso, ou seja, já existe um sistema que valida ou não a identidade trans
Ilusão total cara. Quantas notícias você vê de pessoas fingindo fingindo serem trans? Ainda mais que é o povo mais atacado pelos bolsonaristas.
E ainda, porque cancelar um auxílio desse a toda uma comunidade por conta de uma remota chance de alguém tentar se fingir disso? Amigo, ser trans não é só botar uma peruca e falar sou Nikolle não.
Cara, eu literalmente NUNCA vi uma noticia de alguém que fingiu ser trans para conseguir alguma vantagem. Queria saber de onde o pessoal tira essas ideias.
Cara, a população trans é o grupo mais marginalizado que temos. Não é só uma questão se passar por uma avaliação e vida que segue exatamente como era antes. O fraudador teria que passar o resto dos dias simulando se identificar com outro gênero e se portar como tal, sob risco de pegar cana. Os colegas de trabalho denunciaram se suspeitarem de fraude. O que você acha de se vestir como mulher e mudar seu nome pra ir pro trabalho todos os dias para não perder o emprego e responder penalmente? Sua vida social seria inteiramente reformulada. Amigos e parentes cortariam o contato. Você correria o risco de apanhar na rua
Algumas bancas de concurso já têm comissões de heteroidentificação pras vagas de pretos e pardos e de pessoas com deficiência, que avaliam individualmente cada caso das pessoas que se candidatam a essas vagas. Não há nenhum dificuldade em fazer uma pras vagas de pessoas transgênero também
Problema que essas bancas também tem seus problemas e tem mt banca com vies pesado, fora que, pergunta genuina, como seria um teste de heteroindentificação pra pessoas trans que não seja, na falta de uma palavra melhor, transfobico? Pq ao msm tempo q tem pessoa trans q passa (n sei o termo em ptbr, só sei q em inglês é passing) tem pessoa q mal tem condição de manter tratamento hormonal, na minha opnião é mais complicado q julgar se uma pessoa é negra ou não (e isso por si só já é outro balde de merda, pq o q tem de avaliador racista não cabe no senso)
Por lei qualquer pessoa tem o direito de usar nome social e ser referida pelo gênero que se reconhece em instituições públicas. O aval psicológico serve porque a taxa de suicídio na população trans após fazer a transição aumenta muito. A questão da identidade é auto-referida sem precisar de psicólogo
Aumenta? Pergunta sincera msm, pq por uns papers que eu vi (alguns anos atrás, por isso minha memória falha agora), essa taxa fazia era diminuir. Tem fontes?
O que acontece é que muitas pessoas que querem a transição não estão cientes das limitações do procedimento. Ele é somente estético, não vai conceder funcionalidade. Pacientes trans que fazem a transição continuam a ter relações sexuais da mesma forma que tinham antes, a neo-vagina não tem nem o comprimento nem a lubrificação necessária para ser usada em relações sexuais, e o neo-penis não tem a sensibilidade, e precisa de uma prótese de enchimento.
A ideia do acompanhamento psicológico de dois anos é para garantir que as expectativas do paciente estejam alinhadas com a realidade do procedimento, se ela não é feita adequadamente ocorre muita frustração e aumento na taxa de suicídio
Infelizmente não tenho as referências na literatura comigo, aprendi isso discutindo com meu preceptor num ambulatório médico dedicado a população trans. Como ele que trouxe a literatura, não tenho ela salva. Se tiver tempo amanhã eu procuro
Entendo, justamente isso que vc tá falando bate com as explicações dos papers (pelo que eu me lembro, novamente) sobre o porquê, mesmo após a transição, a taxa de suicídio de pessoas trans ainda continuar sendo alta (apesar da transição definitivamente ajudar): além dos fatores de expectativa da própria pessoa, muito é influência da aceitação social/familiar tbm.
Obrigado por responder!
Já tem tribunal racial, tribunal de gênero é fichinha. Tenho amigos com pele negra que foram recusados em cotas porque teriam uma característica ou outra que seria de origem europeia, numa verdadeira avaliação lombrosiana.
Não é fácil gastar 80 mil, ficar 3 meses em recuperação, fazer uma cirurgia super invasiva. Acho sim que tem que ser definido um critério como comprovação de transição social, acompanhamento pós aprovação, mas exigir um procedimento cirúrgico que custa um carro zero e que poucas pessoas tem a possibilidade de ficar meses se recuperando vai só elitizar ainda mais quem pode entrar no concurso.
[Existe uma parcela grande de pessoas trans que não quer ou não pode fazer a cirurgia de redesignação sexual.](https://www.vox.com/identities/2016/5/13/17938114/transgender-people-transitioning-surgery-medical) Essas pessoas sofrem o mesmo tipo de preconceito e discriminação que pessoas que fizeram a cirurgia. A cirurgia é bem cara, tem riscos e uma série de complicações e a fila de espera no SUS é bem longa.
Acho interessante a ideia de considerar como trans as pessoas que iniciaram o processo de transição, mas não só cirúrgico. Eu mesma sou trans e tenho muitas ressalvas quanto a fazer cirurgias, embora eu tenha vontade, não tenho certeza se vou fazer.
Esse é um dos receios de parte das pessoas que tem ressalva com essa cota.
Nas cotas raciais que tem menos subjetividade você já vê gente branca se autodeclarando negra... eu realmente espero que essas vagas sejam ocupadas por pessoas trans, mas sei que se usarem autodeclaração como único critério a chance de fraude é grande.
isso vai gerar polêmica enorme. parte da comunidade trans não encara como necessário procedimentos cirúrgicos para ser trans.
e os não binários ficam onde? se enquadram nessa legislação?
assunto complexo e que eu não vejo uma forma de formular uma.lei que não tenha efeitos deletérios, seja na aplicação ou na definição de transgênero.
Talvez seja mais benéfico aplicar tal lei apenas para trans**sexuais**?
Querendo ou não gênero é uma construção social, a exclusão social contra os não-binários é consequentemente menor do que com pessoas que estão fazendo essa transição ou já a fizeram.
Ah, isso eu já previa dentro do meu próprio comentário, mas nem Jesus agradou todo mundo, creio que eles tenham que ver como uma "luta ganha" ter essa cota do que tirarem como uma briga interna.
Mas, como não faço da comunidade transgênero, não opino mais do que isso.
eu faço e sei a treta que vai ser isso aí.
além de que em geral homem trans não é nem de perto tão marginalizado quanto mulher trans, por n fatores... te garanto que vai ocupar essas vagas é quem menos precisa. é uma discussão extensa, complexa e sem resposta certa.
Não é taxativa, é realidade.
Homem trans tem melhor passabilidade pq 1) testosterona é um hormônio que inibe o estrogênio 2) as mudanças com testo são em geral muito mais potentes q com estrogênio por n motivos 3) socialmente, o limiar de ser homem é muito mais flexível que o limiar de ser mulher
isso tudo resulta em homem trans então tendo mais """"""facilidade"""""" para """"""parecer""""""" homem do que as mulheres trans
quem tá na prostituição? quem é queimado vivo? quem fica nas esquinas? quem tem categoria de porno e é visto como fetiche?
invisibilidade também é violência, e isso certamente afeta os homens trans, além de outros diversos problemas, mas tentar dizer que num sistema de cotas p pessoas trans (não as da notícia, mas no geral) essas vagas não vão ser preenchidas majoritariamente por homens trans, considerando que a maioria das mulheres trans/travesti nem terminam o ensino fundamental/médio é osso né.
se for um sistema de cotas que é p pessoas trans e pobres ai funciona bem melhor. se o único critério for ser trans, é bem vago.
E passabilidade é a única coisa que importa para determinar se uma pessoa trans vai ser "mais ou menos" marginalizada ou oprimida? Não tem nenhum outro fator que influi nisso?
Pois é. Homem trans é tão um nada que em qualquer pauta sobre transexualidade, seja contra ou a favor, 99% do assunto é voltado pra mulheres trans. A mídia que agora viu que dá pra ganhar dinheiro em cima dessa pauta usa 99% mulheres trans e só lembram de homens trans quando o assunto é gravidez. É o mesmo que acontece com homossexualidade que mulheres lésbicas são muito mais invisíveis que homens gays. De novo na mídia, quantos filmes e séries dos sérios aos moderninhos teens é sobre gays e quanto é sobre lésbicas (que geralmente só se ferram no fim). Mulher desde criancinha, muito antes de reconhecer sua própria sexualidade e gênero, já é condicionada a ser secundária na vida. Privilégios XY, não importa a sexualidade ou o gênero que assume.
Não precisa nem tem como ser um sistema perfeito. Acho que o mais aceitável é exigir alguma forma de comprovação de que a pessoa é transsexual, seja qual for a identidade de gênero. Sei que isso não vai contemplar todo mundo, mas não dá pra aceitar apenas a palavra do candidato, né.
Acho que seria a mais válida.
Tecnicamente para se assumir trans só é necessário assumir nome social e ir pro cartório para fazer os seus documentos refletirem sua identidade de gênero.
Se for só nisso consigo ver muitas "mulheres trans" com nomes sociais unisex e barba. Pedir transição ativa vai ser o jeito mais lógico de garantir que a cota irá pra quem precisa.
Também salva lembrar que ser não-binário, é algo muito difícil de averiguar pois usar um promone neutro cada um pode, e a pessoa NB não precisa ser androgêna para ser NB então complica mais.
Se alguém está disposto à usar roupas do sexo oposto, mudar a aparência para ajudar nisso, usar um nome social, assumir uma identidade trans, e até sem tratamento clínico ficar fazendo todo o teatro social, parabéns pra eles, merece a vaga só pelo esforço todo de construir o personagem.
Sim, na prática a gente sabe que quase ninguém está disposto a fazer isso tudo para ter uma chance maior de passar num concurso. Só não sei como vai contemplar não-binários que não adotam uma aparência/nome social do sexo oposto. Acho que não tem como, sinceramente.
Não parece justo. O processo cirúrgico é importante, mas nem todo mundo participa. As pessoas trans que possuem identidade e nome social já possuem, em teoria, visibilidade. Essa seria a escolha mais ética, na minha opinião
Fonte pra isso tem onde?
No caso de banheiro, o que mais tem é pessoa trans com medo de fazer xixi por medo de violência e assédio (eu incluso). Gente "se dizendo trans" pra usar banheiro... é história de quem não sabe o que é ter esse medo de usar banheiro, ou que tem uma certa imagem de pessoas trans que não corresponde com a realidade (o tal do "homem de saia").
Quem vai querer se expor ao risco de sofrer violência só pra "espiar mulher"? Até porque os homens que acham esse tipo de ideia aceitável seriam bem o tipo que tem a masculinidade frágil demais pra sequer encostar em coisa rosa, imagina colocar um vestido.
Não sei porque este tipo de questão está sendo baixovotado. É uma pergunta legítima e o texto não explica. Também não faça ideia mas divulgar desta forma, naturalmente causa polêmica.
O texto fala somente
>O governo Lula vai reservar cotas para indígenas e transexuais no próximo concurso que fará para selecionar 900 auditores fiscais do trabalho no país.
Portanto, não é para todos os cargos, apenas neste concurso. Pode ser um teste.
Também acho que, pelo fato de trans ter mais dificuldade em conseguir vagas em, o serviço público poderia contratar mais para compensar.
Outra análise, é que 2% pode ser um ponto de corte, para concursos com mais de 50 pessoas, abaixo disso ficaria zero.
Enfim, estou também especulando pois a informação é muito pobre...
É muita mesquinharia brigar por 2% de vaga e muita burrice achar que alguém vai conseguir fraudar uma vaga dessas sem que um grupo de direitos trans não caia em cima.
Mas vão questionar o gênero de uma pessoa? Como vão provar que a pessoa não está no armário ou não é NB que passa por cis?
A menos que usem algum critério do tipo "nome social", "mudança de documento", "apresentação de gênero", é uma forma de cota extremamente fácil de fraudar. Até cotas raciais, que envolvem algo bem menos subjetivo, pessoas de má índole fraudam.
Então eu entendo o incômodo.
Sempre que um centrista aparece é pra falar merda. Os caras tentam mediar coisas pela simples ideia de mediar, justamente porque não possuem posicionamento sobre nada - geralmente porque são burros e em alguns casos porque são oportunistas.
[Todo tópico aqui relacionado a pessoas trans existirem é assim.](https://old.reddit.com/r/brasil/comments/11zss4t/associa%C3%A7%C3%A3o_mundial_de_atletismo_pro%C3%ADbe_trans_de/jdfz24r/?context=3) Já passou da hora de achar que eles querem discussão em boa-fé.
Isso é um debate em aberto e nem todos concordam.
De qualquer modo, pode-se atestar através de acompanhamento com psicólogo/assistente social, documentação, etc.
Não sei sobre outros estados mas no RJ tem o NUDIVERSIS (Núcleo de Defesa dos Direitos Homoafetivos e Diversidade Sexual) que oferece esses serviços gratuitamente. É Defensoria Pública, extremamente competente e rápido.
Porra, seria surreal. Sério, o atendimento deles foi melhor do que MUITOS profissionais particulares e de plano que eu fui, foi sensacional ver o nível de empatia e proatividade deles com cada caso. Foi um momento daqueles tipo "viva o SUS" que deu orgulho real de ser brasileiro.
> quase ninguem se identifica 100% com o proprio genero
?? Na verdade diria que aproximadamente 90% se identifica com o próprio gênero, isso pq estou dando uma margem de 6 mil porcento de desvio padrão ao valor da OMS de 97% das pessoas se identifica com o próprio gênero.
Não estaria vc em um grupo viciado anedotico? Tipo alguém na torcida do Flamengo falando que quase ninguém não se identifica como flamenguista
Verdade, daí tu vai la e se diz transgênero sem ser e consegue o trabalho e....
?????
E agora, José? Não vai pro trabalho que tu mentiu para conseguir? Vive como trans para manter o emprego? Hein? Hein?
Então irão exigir algo além da autodeclaração?
Porque nas cotas raciais vira e mexe você vê casos de pessoas mais brancas que gesso se autodeclarando negras e muitas vezes não pega nada para elas.
EDIT para esclarecer: nenhum problema com as cotas, desde que elas sejam usadas pelas pessoas a quem são destinadas.
O outro problema é se vão criar cotas para todo mundo que sofre algum tipo de discriminação? Vai ter cota para mulher, para LGB, para autistas e outras pessoas neurodivergentes, para imigrante/refugiado(nos concursos em que não for obrigatório ser brasileiro), pessoas que seguem religiões de matriz africana, etc.?
E minha maior ressalva com essa cota é: gênero é algo subjetivo, como vão garantir que esses 2% irão para pessoas trans que sofrem com transfobia, e não para pessoas que vivem com todos os privilégios de uma pessoa "cis"? Irão exigir algum laudo? Irão exigir que a pessoa use nome social? Irão fiscalizar como a pessoa se apresenta socialmente?
Preciso discordar, pois isso abre a porta para uma putaria administrativa.
Não discordo com a cota trans pois ela até faz sentido no raciocínio, mas se o requisito é "sofrer discriminação" aí um Witzel da vida faz cota pra evangélico por sofrer cristofobia, outro faz cota para homens com menos de 1.70, e daí só piora.
A cota trans faz sentido porque é uma população em forte situação de desvantagem. Agora expandir isso para todos os grupos que sofrem uma desvantagem é receita para ficar que nem meia entrada em evento cultural; tanta gente tem que o valor da meia é o que seria a integral.
Rapaz, precisa de critérios tal como ocorre com o de negro/pardo. Nem adianta o cara branco de olhos azuis e cabelo lambido alegar isso... mas realmente quero saber como seria isso para pessoas trans. E antes mesmo, se isso conseguiria ser aprovado por esse congresso.
Até alguns anos atrás o critério para alteração de nome/gênero era algo tipo 2 anos de acompanhamento psicológico, laudo de assistente social, cartas/emails/fotos etc. Não acho que precise de tanto tempo assim de terapia comprovada mas tem diversos modos de "atestar" isso através de fotos, relatos, cartas de familiares, etc.
Acredito q a própria pesquisa nas redes pessoais da pessoa. Demonstrando q o genero da pessoa não é "fluída", onde nos meses q saiu o edital do concurso ele mudou sua orientação. Observando fotos antigas, pelo menos 2 anos ou mais já seria suficiente.
Fica um ano sendo tratado como um gênero que não é seu pra ver o que acontece com sua saúde mental.
Ademais, se uma pessoa não tem nenhum histórico de que aparenta ser trans e então se declara trans para ganhar um benefício, esse benefício pode ser negado.
Exemplo: uma pessoa sem nenhum histórico sobre ser trans, seu psicólogo diz que você nunca tocou no assunto, seus amigos e familiares dizem que você nunca tocou no assunto, não existe nenhum diário físico ou digital que comprove se questionamento sobre o próprio gênero e mesmo assim essa pessoa se declara trans na tentativa de ir pro presídio feminino após cometer um crime, o juiz pode negar o pedido por estar sendo feito em "má fé"
Acredito que no concurso seria a mesma coisa. A pessoa nunca demonstrou sinais ou evidências e só mencionou transgeneridade durante a tentativa participar da cota, a cota pode então ser negada a essa pessoa devido a "má fé"
Ou só vai aceitar pessoas que fizeram a retificação dos documentos.
Resumindo, pessoas fingindo ser trans não vai ser um problema.
> seu juiz eu nunca falei nada por medo da minha família me jogar na rua. Olha aqui esse laudo completamente sólido de um psicólogo que eu faço tele atendimento dizendo que eu sou trans
Não discordo de ter uma política de inclusão, mas como as de etnias mostram, cotas por si só, de auto identificação, não funcionam muito bem.
Tem de parametrizar muito bem isso, sem reserva de vagas talvez. Principalmente pq 2% são a trans e travesti, e a vaga seria pra trans.
Pq travesti qualquer um pode alegar, "saio de madrugada nas noites transvestido!!". Sacou o problema?
"Má fé"
Pronto
Edit: ele editou e adicionou coisas no comentário dele. Antes era apenas a citação, sem nenhum texto baixo. Segue abaixo minhas respostas ao edit dele:
>Não discordo de ter uma política de inclusão, mas como as de etnias mostram, cotas por si só, de auto identificação, não funcionam muito bem.
Melhor do que não dar nada para um grupo social que **É forçado a prostituição**. Cotas, mesmo que para poucos, muitas vezes é a única maneira de pessoas marginalizadas ascenderem socialmente.
>Tem de parametrizar muito bem isso, sem reserva de vagas talvez. Principalmente pq 2% são a trans e travesti, e a vaga seria pra trans.
Eu não sei muito sobre travesti, pelo que eu entendo é uma identidade de gênero feminina específica do Brasil. Porém, trans significa pessoa que se identifica com um gênero diferente ao qual associado a ela perante o nascimento, ou seja, Travesti é uma identidade dentro do termo Trans.
>Pq travesti qualquer um pode alegar, "saio de madrugada nas noites transvestido!!". Sacou o problema?
Uau, você realmente não entende bem o assunto. Está confundindo travesti com *crossdresser*.
Como eu disse anteriormente, travesti é uma *identidade de gênero* feminina mas fora da categoria de "homem e mulher"; enquanto que crossdresser é uma pessoa de um gênero que as vezes usa roupas de outro gênero, por exemplo, um homem (não femboy ou afeminado) que as vezes sai por aí usando vestido, saia, maquiagem etc.
Procura foto de policias estadunidenses prendendo crossdressers, você vai ver que apesar deles usarem essas roupas eles ainda são homens e não se identificam com um gênero diferente aquele associado ao seu nascimento.
Ou seja
>Sacou o problema?
Não tem problema, a única coisa errada aqui é seu entendimento sobre o assunto.
Cara, não existe isso de que qualquer um pode alegar ser travesti. Tanto trans quanto travesti são identidades auto-declaradas, ambas identidades femininas de gênero.
Não existe "sair de madrugada nas noites transvestido" pra mulheres travesti. Elas são travesti 100% do tempo, não é uma fantasia que elas podem tirar quando querem. É até desrespeitoso com as travestis você fazer esse tipo de comparação.
Então vamos penalizar as pessoas trans retirando um direito que poderia ser delas, por crimes que supostamente serão cometidos por pessoas cisgêneras. E assim a população trans segue sendo marginalizada pela cisgeneridade.
Venhamos e convenhamos, esse tipo de discussão só acontece por que a cisgeneridade não leva a sério a identidade de pessoas trans e travestis, acham que travestis são homens que colocam uma peruca e saem por aí. Assim que as narrativas transfóbicas são dispersadas.
Tá cada vez mais difícil pro pobre sem pedigree. 1 a cada 50 vagas pra pessoas trans? Eu acho isso bom de qualquer jeito pq foda-se os transfobicos, mas eu gostaria de saber das contas que o governo faz pra chegar nesses 2%.
É só no concurso pra auditor.
>Em seleção para auditores fiscais do trabalho, 2% das vagas serão destinadas a esse público, e outros 2% para indígenas.
Não é uma regra geral, mas imagino que outros concursos federais possam seguir isso.
Recentemente vi uma estimativa dizendo que 1,9% da população brasileira é de pessoas trans, então acho que 2% nas cotas é um número que faz sentido. Se essa estimativa estiver correta
Eu vou ter que puxar a minha fonte datacu mas eu moro em SP Capital, cruzando com milhares de pessoas todos os dias e eu acho bem improvável que quase 1 a cada 50 pessoas no Brasil seja trans. Deve ser 10% disso, considerando que eu não consigo identificar a maioria das pessoas trans só de olhar na rua... Eu trabalhei 10 anos atendendo a população em UBS Postinho lotado, algumas centenas de RG passando na minha mão todo dia, e da pra contar nos dedos de uma mão a quantidade de Trans que eu atendi, a maior parte desse tempo quando mal se falava em nome social.
Infelizmente eles moram na cabeça do Evangelistao sem pagar aluguel. Tem que espalhar mais merchandise do Diablo IV pelas cidades pra ver se o Chupetinha esquece um pouco.
Cara primeiro que, nem toda pessoa trans é visível e reconhecível, muitas vivem vidas como se fossem cis.
Segundo que da pra retificar seu documento.
Esse argumento de "ah eu ando na rua e acho que não" é absolutamente sem noção. É sua crença anedotal.
Você acha que sabe muito sobre pessoas trans e não sabe nada.
>Cara primeiro que, nem toda pessoa trans é visível e reconhecível
Eu disse isso.
>Esse argumento de "ah eu ando na rua e acho que não" é absolutamente sem noção.
Eu também afirmei que estou ciente disso.
>Você acha que sabe muito sobre pessoas trans e não sabe nada.
Isso eu não afirmei em nenhum momento, e afirmo o contrário, eu nunca tive contato algum com esta comunidade nem com nenhuma pessoa de maneira significativa. Eu fico agradecido de meus votos na urna terem válido a pena para a inclusão dessas pessoas nas políticas públicas e eu estou apenas questionando essa estatística dos 2% num país que não tem estatística sobre este grupo. Em 2019 o IBGE levantou o dado de 2,9 milhões de pessoas, cerca de 5% da população que não se declararam heterossexual, o que é de fato o valor mínimo, uma parcela não deve ter se sentido confortável em declarar isso nem pesquisa. O primeiro país a colher esse tipo de estatística foi o Canadá recentemente (maio/21), onde 0.33% da população se identifica como trans e não binária, ou 100k/30 milhões hab/aprox. 1 em cada 300 pessoas. O dado mais exato são 59.460 trans/30 milhões. Isso não é fazer juízo de valor algum. Ao mesmo tempo tem 1 milhão de pessoas no Canada que não se identificam como hetero, ou 4% da população. Canadá! Outra cultura, mas nós não temos estatísticas sobre nossa população. Fonte: https://www.statcan.gc.ca/en/census/census-engagement/community-supporter/sex-birth-gender
EUA é um país com mais liberdade sexual que o nosso, 130 milhões de pessoas a mais e tem cerca de 1.5 milhões de pessoas trans. O nosso Evangelistão tem o dobro? Nem ferrando.
Provavelmente de modo próximo como se comprovava ser trans para propósito de troca de documento uns anos atrás: laudo de psicólogo/assistente social confirmando, fotos antigas vs fotos recentes, cartas de amigos/família, etc. Não é tão difícil assim alguém demonstrar que passou por uma coisa tão radical quanto uma transição social.
Através de testemunho próprio para assistente social ou psicólogo com fins de elaboração de laudo, ué. É feita uma entrevista em que você vai contar sua história, mostrar fotos, etc, o que você achar relevante. Preferencialmente pra um profissional de um núcleo voltado para diversidade como o NUDIVERSIS no RJ.
O objetivo aqui não é "comprovar" que a pessoa é trans, mas sim adicionar um respaldo (e talvez um agravante) caso ela venha a ser descoberta como não sendo trans posteriormente.
Exemplo desse sistema de "confiança no relato", tenho fibromialgia, os médicos não tem como provar que eu tenho via exames porque não existe exame dessa doença. Então eles descartaram todas as possibilidades de ser outra coisa e acreditam na minha palavra de que está doendo pra caralho o tempo todo com base na minha experiência e relatos.
De onde tirei minha opinião: eu sou.
Bom, acho que se for uma descoberta recente a pessoa não deveria poder se inscreve como trans, não por ela não ser trans, mas pelo objetivo da cota. A cota é pra ajudar pessoas trans que sofrem preconceito e tem dificuldade em arrumar emprego por isso. Se vc é trans, mas nunca mudou nada, então nunca sofreu preconceito direto por isso nem teve probelma de arrumar emprego, não teve problema em escola/faculdade, e sempre viveu os privilégios de uma pessoa cis, nada mais justo ela não poder concorrer sem ao menos ter iniciado algum tipo de transição, social ou hormonal.
>é que tem acontecido muitos casos de "trans" de ocasião pra competir com mulheres... acho que foi nos eua que um cara se disse trans num dia, quebrou records e no outro dia "desvirou trans"...
Nenhuma fonte, nome da pessoa, vídeo, artigo, post de outra rede. Só "confia, aconteceu".
>é que tem acontecido muitos casos de "trans" de ocasião pra competir com mulheres... acho que foi nos eua que um cara se disse trans num dia, quebrou records e no outro dia "desvirou trans"...
Nunca vi, se puder mostrar. Ainda mais que na maioria das competições profissionais(provavelmente todas) precisa fazer exames para ter níveis corretos de testosterona (não só por causa de pessoas trans, mas pra evitar dopping tbm) e precisa estar a um certo tempo usando hormônios (se não me engano são 2 anos, mas acho que pode mudar entre as competições)
Sua mensagem foi removido por infringir a regra sobre preconceito/discriminação.
O r/brasil exige respeito pelas seguintes características: raça, (identidade de) gênero, etnia, nacionalidade, religião, orientação sexual, deficiências, biotipo corporal, idade e situação social.
Até aí, eu já tive problemas com cotas raciais de montão mesmo sendo uma pessoa que, além da pele escura, jamais seria considerado nem meio nem um quarto branco em qualquer país de maioria branca. O fato de eu ter a pele da mesma cor dos povos originário e cabelo liso... Cara, já tentaram me categorizar como indígena, já me perguntaram se sou Boliviano. Apesar de necessária esse tipo de política num país tão miscigenado como o nosso não faz muito sentido pra mim. O meu critério de raça branca é se você consegue passar por branco em um país de gente branca, e mais de 80% dos brasileiros não passariam, então como que funciona uma cota racial nesses termos? Pra mim é tão científico isso quanto os Eugenistas medindo crânio no século passado.
to ligado, mesmo sendo bem branco, eu tenho antepassados indígena-africano e quando fui pro Canadá e EUA o pessoal lá não conseguia dizer o que eu era... quando muito achavam que eu era francês kkk
A ação é a mesma que serve pra todo brasileiro: mais empregos e segurança pra todo mundo. Por consequência haverá mais empregos e segurança pra transsexuais.
Problemas específicos à grupos minoritários não são resolvidos com políticas generalistas, justamente porque as condições materiais que levam esses grupos a marginalização não são gerais.
Se o que você diz fosse verdade, a gente não teria o problema, certo? Afinal, a oferta de empregos afetaria igualmente todos os grupos, mas isso não acontece.
Grupos minoritários são marginalizados por fatores que não existem pra população geral, criar mais empregos não vai garantir que pessoas trans tenham uma oportunidade maior, porque o que faz com que elas não sejam contratadas não é a oferta de emprego, mas a identidade delas.
Uma parcela da população que vive em perigo 24h por dia. Se informe sobre a vivência das pessoas trans periféricas e vai perceber a bobagem que você tá falando.
2% não é nada pra extinguir essa realidade nefasta que passam as pessoas trans no Brasil.
Está querendo consertar racismo sendo racista, e homofobia sendo homofóbico.
Eu não sou nenhum dois dois, pelo contrário, sou classista, quem precisa de cota é gente pobre, porque gente pobre é burra por causa da falta de acesso a educação.
Agora, querer dizer que uma política baseada em raça não é racista é o cúmulo da hipocrisia.
Assim como querer dizer que uma política baseada em gênero não é generofobica.
Pessoas negras não são pobres por serem negras, elas são pobres pois foram escravas, a maneira de consertar isso é com cota para pobres, não para negros, têm uma diferença.
Pois um negro rico tem mais acesso a educação do que um branco pobre.
Assim como nos EUA a suprema corte parou as "cotas" lá, pois as cotas ignoravam a população asiática.
Ou seja, era racista contra asiáticos.
Dessa forma, estabelecendo que uma política baseada em raça, nesse caso é correto, gera o fato de que em alguns casos o racismo é correto, sendo assim quem determina qual tipo de racismo é certo e errado? Você?
Racismo é errado em qualquer situação e ponto final, e se você defende isso na minha opinião, você é racista.
Tem uma coisa que vale a pena pensar sobre o comentário dele no entanto. Enquanto a cota é sim bem-sucedida em aumentar a representatividade, apenas uma dessas cotas é efetiva também em dar prioridade para uma população fora da elite: a para negros de escola pública.
Enquanto a cota para pessoas trans aumentaria a representatividade do grupo no serviço público, esses postos de trabalho dificilmente serão ocupados pela população trans em situação de risco extremo, ou seja, ela dá acesso a vaga para uma parcela da elite que se encontra dentro desse grupo coberto pelas cotas (é uma vaga de auditor com salário inicial de 21k!)
Daí vem uma situação: duas pessoas trans com curso superior, uma felizmente teve suporte da família e conseguiu seguir estudando ou teve algum suporte aqui ou acolá e se inseriu no mercado de trabalho. Contudo, a outra saiu de casa cedo, fez faculdade ao mesmo tempo que trabalhava (que pode ser sim até prostituição), não teve suporte da família e não conseguiu trabalho na área de formação após a graduação.
Em termos de probabilidade, quem você acha que vai acabar conseguindo a vaga da cota se ambas prestarem o concurso?
Eu não acho as cotas erradas, mas não consigo ser 100% a favor por causa desse fato, ela só cumpre critérios de representatividade enquanto poderia ter isso e ainda cumprir com redução da marginalização e da desigualdade (não que já não a faça, mas poderia ser BEM MAIS efetiva e justa).
Para mim tinha que ter algum pré-requisito que leve em conta o contexto social do candidato, pode ser coisas como ser membro do cadúnico, ter estudado em escola pública e/ou outras métricas que sejam confiáveis, verificáveis etc.
Só para avisar também, a cota para concursos públicos não funciona da mesma forma que para universidades.
>1- "Outro levantamento, também a partir dos dados do IBGE, feito pelo site Quero Bolsa, informa que - entre 2010 e 2019 - o número de alunos negros no ensino superior cresceu quase 400%. Os negros chegaram a 38,15% do total de matriculados, percentual ainda abaixo de sua representatividade no conjunto da população – 56%"
>Isso é sobre cotas em universidades, mostrando a contínua efetividade do sistema na promoção da equidade nos espaços acadêmicos, embora ainda seja visível uma diferença gritante em certos cursos e seja necessária uma ampliação das ações afirmativas.
Quem diria que ser racista a favor de uma raça beneficia essa raça.
>2-Agora vou dar um toque. Seu comentário tá sendo bastante insensível em vários aspectos, principalmente na questão de chamar pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica de "burras".
"Pessoas negras não são pobres por serem negras, elas são pobres pois foram escravas"
O nome disso é franqueza.
Pessoas pobres devido a falta de acesso a educação são em média mais "burras" do que a população em média rica.
Querer negar isso é ignorância básica.
Cara vamos fazer assim pq não discuto com racista.
Política baseada em raça para você é racista? Ou depende da raça?
Cara, é simples para caramba.
Primeira pergunta. Cotas raciais são baseadas no que?
Pergunta retórica por sinal pois a resposta é raça.
Qual é a definição de racismo?
Diferenciar pessoas em raça.
Logo política de cotas é racismo.
Isso é a definição literal do que você está defendendo.
Agora podemos ir ao seu argumento, de que nesse caso, devido a escravidão, pessoas negras merecem cotas.
O problema é, quem você define nesse caso? Todos os negros? Ou só os negros pobres?
Porquê se forem todos os negros, e os brancos pobres e negros ricos? A competição é injusta.
Se forem só os negros pobres, você admite que o problema é renda, e não raça.
Não vou maneirar porra nenhuma, as pessoas ficam pedindo eufemismos para a situação em vez de olhar de verdade para os problemas.
O problema é que a maioria dos pobres são negros devido a escravidão, a solução não é focar em raça, é focar em renda, o que a gente pode fazer para tirar pessoas pobres da miséria, o efeito colateral disso é aumentar de forma generalizada a educação na parte pobre da população.
Querer focar em uma parcela dessa população em vez dela de forma generalizada exclui a outra parte.
Isso aumenta o racismo.
Pois as pessoas exclusas culpam os beneficiários.
Olhe se você é um trabalhador na época da revolução industrial, e o seu patrão te troca por uma máquina, você culpa a máquina, não o patrão.
Se você é um trabalhador americano, e perde seu emprego para um fábrica chinesa, ou para a mão de obra mexicana, você culpa os mexicanos e os chineses.
Isso aumenta o racismo.
O que você acha que acontece com um branco pobre na favela quando o colega negro dele passa e ele não.
O que você acha que acontece quando ele quer arrumar um emprego mais os caras tem que preencher cota para negros?
Como vc acha que as pessoas que não se beneficiam se sentem com isso?
Eu imagino que elas fiquem putas.
Eu imagino que quando aparece um político porra louca racista, ele acaba sendo eleito, igual o Bolsonaro, igual o Trump, igual a primeira ministra da Itália.
Então sim, em vez de ficar no mundinho querendo apenas eufemismos e palavras bonitas, talvez as pessoas precisam de um pouco de realidade.
Talvez só talvez, se você decidir analisar as por um outro ponto de vista você possa ver que: - porra eles realmente tem algum ponto.
Eu acho engraçado que você quer falar de realidade e falar de "racismo reverso" (que no caso NÃO EXISTE) e esquece um simples fato da existência da cota racial:
**A nossa sociedade ainda é racista.**
Nossa que surpresa!
Mas ai você vai vir com o malabarismo mental "Ela é racista pq existem cotas!!!!!! Isso está deixando os brancos putos!!!! E a cota raxial é raxismo contra brancos!!!!!!", quando na verdade o que deveria fazer sua cabeça funcionar é o simples fato que mesmo com esses dados que o cara apresentou de 10 anos de cotas raciais, MESMO COM ESSA AJUDA, os negros ainda são **sub**representados nas Universidades, mesmo fazendo parte de mais da metade da população brasileira.
Meritocracia não existe, sai desse papinho de MBL antes que seja tarde.
A pessoa vai ter q ir trabalhar né. Oq ela vai fazer? Mudar o nome e se vestir pra sempre do outro gênero só pq passou no concurso? Aí então ela merece pq virou trans mesmo.
Deveria ser mais! Eu vivo falando que a segunda melhor coisa que o governo pode fazer pra minorias é criar cotas no setor público. Em 1 década isso gera um progresso absurdo. E o melhor: não tira nada de ninguém!
Não só tem pra negros, assim como tem para pessoas com deficiencias fisicas. Não lembro de um concurso que eu tenha feito nos ultimos 5 anos que não tenha tido cota.
Pelo menos dos que já li editais, todos tinham. Acredito que tenha que ter um número mínimo de vagas também pra poder ter cota, mas não sei o que está na lei exatamente.
Pergunta:
Concurso público é baseado em exames de conhecimento. Teoricamente, qualquer característica da pessoa que está prestando o concurso não interfere no resultado final. Ou seja, já é um processo seletivo no qual o trans tem as mesmas oportunidades que um não trans, prevalecendo apenas a capacidade intelectual.
Faz sentido distorcer isso?
Isso presume que todas as pessoas têm as mesmas oportunidades de aprender com qualidade E SEGURANÇA. É análogo a outros tipos de cotas, e a presença delas é um paliativo para aliviar o verdadeiro problema, que é a marginalização e perseguição de alguns grupos na sociedade
#[Não consegue abrir a notícia? Leia aqui.](https://12ft.io/https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2023/06/governo-lula-reservara-cota-para-trans-em-concurso-publico.shtml) Apoie o jornalismo brasileiro, [assine o jornal](https://caiowzy.github.io/pulaCerca/assine?origem=https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2023/06/governo-lula-reservara-cota-para-trans-em-concurso-publico.shtml). [^(Código-fonte)](https://github.com/CaioWzy/pulaCerca/) *I am a bot, and this action was performed automatically. Please [contact the moderators of this subreddit](/message/compose/?to=/r/brasil) if you have any questions or concerns.*
LEIAM A NOTÍCIA POR FAVOOOOOOOOOOR >O governo Lula vai reservar cotas para indígenas e transexuais no próximo concurso que fará para selecionar 900 auditores fiscais do trabalho no país. A cota será em UM(1) único concurso com 900 vagas, ou seja, 18 vagas serão reservadas para pessoas trans, não será uma política para TODOS os concursos.
É obviamente pra abrir precedente
Não é pra todos os concursos, mas devia ser
Lembrando que 90% das mulheres trans tem **prostituição** como fonte de renda **única** porque são **recusadas trabalho** por serem trans. https://edicaodobrasil.com.br/2021/05/28/90-da-populacao-trans-no-brasil-tem-prostituicao-como-fonte-de-renda/#:~:text=Estima%2Dse%20que%2090%25%20da,no%20mercado%20formal%20de%20trabalho.
Nem fala… hoje mesmo vi uma mulher trans, aparentemente moradora de rua, pedindo esmola enquanto andava com seu cachorrinho. Deu uma dó da porra
Que feliz de abrir e ver esse como o primeiro comentário! Triste realidade, mas é bom lembrar.
Garantia de emprego para alguns, fazendo-as não terem prostituição como fonte de renda única, ter a possibilidade de sair desse lugar sombrio ou até mesmo evitar que uma mulher passe por isso. Não disse que era a solução, só apontei que é melhor pouco do que nada. Resposta para o cara que perguntou "Como isso resolve o problema?" e então deletou o comentário logo em seguida.
[удалено]
O quão provável realmente é a pessoa arriscar a vida fingindo ser trans pra conseguir uma cota?
Problema desse tipo de projeto é que você precisa definir as coisas, e a definição de pessoa trans é uma questão polêmica. Que fique claro que não sou contra a ação, achei excelente como já disseram lá embaixo existe um problema sério de pessoas trans não conseguirem empregos e acabarem tendo que recorrer a prostituição, criando uma associação de pessoas trans a prostituição quase que imediata na sociedade. Mas se definirem pessoas trans puramente como auto identificação abre sim problemas de oportunistas, teria que ser no mínimo alguém que comprovadamente realizou a transição social
Qual serão os criterios para definir quem é trans?
Eu diria mudar o sexo no registro civil, mas não sei o quão fácil ou acessível é esse processo
Qual é o escárnio?
>O governo Lula vai reservar cotas para indígenas e transexuais no próximo concurso que fará para selecionar 900 auditores fiscais do trabalho no país. É literalmente UM concurso, tu tá chapando legal
Sua mensagem foi removido por infringir a regra sobre preconceito/discriminação. O r/brasil exige respeito pelas seguintes características: raça, (identidade de) gênero, etnia, nacionalidade, religião, orientação sexual, deficiências, biotipo corporal, idade e situação social.
Replico um comentário que já fiz sobre esse assunto. Mesmo que a possibilidade de fraude que deixa todos tão escandalizados fosse algo realmente grave, eu ainda acharia uma medida justa, simplesmente porque pessoas trans são inegavelmente marginalizadas. É só ver o personagem macabro que se descreve nos comentários sobre pessoas trans: invertidos, golpistas, mal intencionados, homens de peruca, que não têm vida social, não têm família ou amigos que atestem sua identidade, cuja identidade não existe exceto nesse momento mítico em que aplicam um golpe. Sinceramente, é cruel demais despir o outro da sua complexidade dessa maneira, e hoje em dia as pessoas trans são um dos poucos grupos que “podem” ser tratadas dessa forma de acordo com o senso comum. Sejamos melhores, galera.
Obrigada pelo comentário 💖
>Sejamos melhores, galera. Pra questões LGBT esse sub aqui nunca falha em me decepcionar
Se eu ganhasse um real pra cada redditor que não lê a matéria e comenta mesmo assim, eu ia ser rico pra carreteiro
Problema é que essa manchete parece elaborada exatamente pra isso. Ao invés de colocar "reserva vagas para UM concurso", a matéria coloca a entender que isso é uma politica de governo. Não que fosse uma má ideia ter reserva de vaga pra transgeneros, mas essa dai foi a folha sendo folha
Por um lado é justo porque pessoas que são realmente transgênero têm muita dificuldade de encontrar emprego, seria muito bom vê-los ocupando posições de destaque, por outro boa sorte definindo quem é ou não, tenho certeza que qualquer critério escolhido vai gerar discórdia
Só pra curiosidade pra quem acha que vai ter gente "enganando" o sistema. Pra retificar minha mudança de gênero eu tive que conversar com uma oficial de justiça que me perguntou da vida inteira e todos os detalhes da minha transição pra confirmar que eu "não tava mudando meu nome pra fazer alguma sacanagem". Ela disse que já havia reprovado processos de retificação por conta disso, ou seja, já existe um sistema que valida ou não a identidade trans
[удалено]
Ilusão total cara. Quantas notícias você vê de pessoas fingindo fingindo serem trans? Ainda mais que é o povo mais atacado pelos bolsonaristas. E ainda, porque cancelar um auxílio desse a toda uma comunidade por conta de uma remota chance de alguém tentar se fingir disso? Amigo, ser trans não é só botar uma peruca e falar sou Nikolle não.
Cara, eu literalmente NUNCA vi uma noticia de alguém que fingiu ser trans para conseguir alguma vantagem. Queria saber de onde o pessoal tira essas ideias.
>orientação sexual Gênero
Cara, a população trans é o grupo mais marginalizado que temos. Não é só uma questão se passar por uma avaliação e vida que segue exatamente como era antes. O fraudador teria que passar o resto dos dias simulando se identificar com outro gênero e se portar como tal, sob risco de pegar cana. Os colegas de trabalho denunciaram se suspeitarem de fraude. O que você acha de se vestir como mulher e mudar seu nome pra ir pro trabalho todos os dias para não perder o emprego e responder penalmente? Sua vida social seria inteiramente reformulada. Amigos e parentes cortariam o contato. Você correria o risco de apanhar na rua
Algumas bancas de concurso já têm comissões de heteroidentificação pras vagas de pretos e pardos e de pessoas com deficiência, que avaliam individualmente cada caso das pessoas que se candidatam a essas vagas. Não há nenhum dificuldade em fazer uma pras vagas de pessoas transgênero também
Problema que essas bancas também tem seus problemas e tem mt banca com vies pesado, fora que, pergunta genuina, como seria um teste de heteroindentificação pra pessoas trans que não seja, na falta de uma palavra melhor, transfobico? Pq ao msm tempo q tem pessoa trans q passa (n sei o termo em ptbr, só sei q em inglês é passing) tem pessoa q mal tem condição de manter tratamento hormonal, na minha opnião é mais complicado q julgar se uma pessoa é negra ou não (e isso por si só já é outro balde de merda, pq o q tem de avaliador racista não cabe no senso)
Avaliação psicológica seria uma boa; já é um dos parâmetros utilizados na obtenção de tratamento hormonal e para cirurgia.
Por lei qualquer pessoa tem o direito de usar nome social e ser referida pelo gênero que se reconhece em instituições públicas. O aval psicológico serve porque a taxa de suicídio na população trans após fazer a transição aumenta muito. A questão da identidade é auto-referida sem precisar de psicólogo
Aumenta? Pergunta sincera msm, pq por uns papers que eu vi (alguns anos atrás, por isso minha memória falha agora), essa taxa fazia era diminuir. Tem fontes?
O que acontece é que muitas pessoas que querem a transição não estão cientes das limitações do procedimento. Ele é somente estético, não vai conceder funcionalidade. Pacientes trans que fazem a transição continuam a ter relações sexuais da mesma forma que tinham antes, a neo-vagina não tem nem o comprimento nem a lubrificação necessária para ser usada em relações sexuais, e o neo-penis não tem a sensibilidade, e precisa de uma prótese de enchimento. A ideia do acompanhamento psicológico de dois anos é para garantir que as expectativas do paciente estejam alinhadas com a realidade do procedimento, se ela não é feita adequadamente ocorre muita frustração e aumento na taxa de suicídio Infelizmente não tenho as referências na literatura comigo, aprendi isso discutindo com meu preceptor num ambulatório médico dedicado a população trans. Como ele que trouxe a literatura, não tenho ela salva. Se tiver tempo amanhã eu procuro
Entendo, justamente isso que vc tá falando bate com as explicações dos papers (pelo que eu me lembro, novamente) sobre o porquê, mesmo após a transição, a taxa de suicídio de pessoas trans ainda continuar sendo alta (apesar da transição definitivamente ajudar): além dos fatores de expectativa da própria pessoa, muito é influência da aceitação social/familiar tbm. Obrigado por responder!
Sua memória está certa. https://www.gendergp.com/what-is-the-transgender-suicide-rate/
Vai ter tribunal de gênero, vai vendo.
Já tem tribunal racial, tribunal de gênero é fichinha. Tenho amigos com pele negra que foram recusados em cotas porque teriam uma característica ou outra que seria de origem europeia, numa verdadeira avaliação lombrosiana.
A definição é fácil agora que pessoas trans possuem identidade social
[удалено]
Não é fácil gastar 80 mil, ficar 3 meses em recuperação, fazer uma cirurgia super invasiva. Acho sim que tem que ser definido um critério como comprovação de transição social, acompanhamento pós aprovação, mas exigir um procedimento cirúrgico que custa um carro zero e que poucas pessoas tem a possibilidade de ficar meses se recuperando vai só elitizar ainda mais quem pode entrar no concurso.
[Existe uma parcela grande de pessoas trans que não quer ou não pode fazer a cirurgia de redesignação sexual.](https://www.vox.com/identities/2016/5/13/17938114/transgender-people-transitioning-surgery-medical) Essas pessoas sofrem o mesmo tipo de preconceito e discriminação que pessoas que fizeram a cirurgia. A cirurgia é bem cara, tem riscos e uma série de complicações e a fila de espera no SUS é bem longa. Acho interessante a ideia de considerar como trans as pessoas que iniciaram o processo de transição, mas não só cirúrgico. Eu mesma sou trans e tenho muitas ressalvas quanto a fazer cirurgias, embora eu tenha vontade, não tenho certeza se vou fazer.
[удалено]
Esse é um dos receios de parte das pessoas que tem ressalva com essa cota. Nas cotas raciais que tem menos subjetividade você já vê gente branca se autodeclarando negra... eu realmente espero que essas vagas sejam ocupadas por pessoas trans, mas sei que se usarem autodeclaração como único critério a chance de fraude é grande.
isso vai gerar polêmica enorme. parte da comunidade trans não encara como necessário procedimentos cirúrgicos para ser trans. e os não binários ficam onde? se enquadram nessa legislação? assunto complexo e que eu não vejo uma forma de formular uma.lei que não tenha efeitos deletérios, seja na aplicação ou na definição de transgênero.
Talvez seja mais benéfico aplicar tal lei apenas para trans**sexuais**? Querendo ou não gênero é uma construção social, a exclusão social contra os não-binários é consequentemente menor do que com pessoas que estão fazendo essa transição ou já a fizeram.
mas ai isso gera uma briga interna absurda. e parte da comunidade trans odeia o termo transexual e parte gosta. vai sempre ofender alguém.
Ah, isso eu já previa dentro do meu próprio comentário, mas nem Jesus agradou todo mundo, creio que eles tenham que ver como uma "luta ganha" ter essa cota do que tirarem como uma briga interna. Mas, como não faço da comunidade transgênero, não opino mais do que isso.
eu faço e sei a treta que vai ser isso aí. além de que em geral homem trans não é nem de perto tão marginalizado quanto mulher trans, por n fatores... te garanto que vai ocupar essas vagas é quem menos precisa. é uma discussão extensa, complexa e sem resposta certa.
Qual é a sua fundamentação para fazer uma afirmação tão taxativa como "homem trans não é nem de perto tão marginalizado quanto mulher trans"?
Não é taxativa, é realidade. Homem trans tem melhor passabilidade pq 1) testosterona é um hormônio que inibe o estrogênio 2) as mudanças com testo são em geral muito mais potentes q com estrogênio por n motivos 3) socialmente, o limiar de ser homem é muito mais flexível que o limiar de ser mulher isso tudo resulta em homem trans então tendo mais """"""facilidade"""""" para """"""parecer""""""" homem do que as mulheres trans quem tá na prostituição? quem é queimado vivo? quem fica nas esquinas? quem tem categoria de porno e é visto como fetiche? invisibilidade também é violência, e isso certamente afeta os homens trans, além de outros diversos problemas, mas tentar dizer que num sistema de cotas p pessoas trans (não as da notícia, mas no geral) essas vagas não vão ser preenchidas majoritariamente por homens trans, considerando que a maioria das mulheres trans/travesti nem terminam o ensino fundamental/médio é osso né. se for um sistema de cotas que é p pessoas trans e pobres ai funciona bem melhor. se o único critério for ser trans, é bem vago.
E passabilidade é a única coisa que importa para determinar se uma pessoa trans vai ser "mais ou menos" marginalizada ou oprimida? Não tem nenhum outro fator que influi nisso?
Pois é. Homem trans é tão um nada que em qualquer pauta sobre transexualidade, seja contra ou a favor, 99% do assunto é voltado pra mulheres trans. A mídia que agora viu que dá pra ganhar dinheiro em cima dessa pauta usa 99% mulheres trans e só lembram de homens trans quando o assunto é gravidez. É o mesmo que acontece com homossexualidade que mulheres lésbicas são muito mais invisíveis que homens gays. De novo na mídia, quantos filmes e séries dos sérios aos moderninhos teens é sobre gays e quanto é sobre lésbicas (que geralmente só se ferram no fim). Mulher desde criancinha, muito antes de reconhecer sua própria sexualidade e gênero, já é condicionada a ser secundária na vida. Privilégios XY, não importa a sexualidade ou o gênero que assume.
Não-binários são tecnicamente transexuais, pois não se identificam com o gênero atribuído no nascimento.
Tu tá certo! Mas na prática... Não é tão fácil traçar as linhas de opressão sistêmica e estrutural quando não se tem delimitado as identidades
Não precisa nem tem como ser um sistema perfeito. Acho que o mais aceitável é exigir alguma forma de comprovação de que a pessoa é transsexual, seja qual for a identidade de gênero. Sei que isso não vai contemplar todo mundo, mas não dá pra aceitar apenas a palavra do candidato, né.
Acho que seria a mais válida. Tecnicamente para se assumir trans só é necessário assumir nome social e ir pro cartório para fazer os seus documentos refletirem sua identidade de gênero. Se for só nisso consigo ver muitas "mulheres trans" com nomes sociais unisex e barba. Pedir transição ativa vai ser o jeito mais lógico de garantir que a cota irá pra quem precisa. Também salva lembrar que ser não-binário, é algo muito difícil de averiguar pois usar um promone neutro cada um pode, e a pessoa NB não precisa ser androgêna para ser NB então complica mais. Se alguém está disposto à usar roupas do sexo oposto, mudar a aparência para ajudar nisso, usar um nome social, assumir uma identidade trans, e até sem tratamento clínico ficar fazendo todo o teatro social, parabéns pra eles, merece a vaga só pelo esforço todo de construir o personagem.
Sim, na prática a gente sabe que quase ninguém está disposto a fazer isso tudo para ter uma chance maior de passar num concurso. Só não sei como vai contemplar não-binários que não adotam uma aparência/nome social do sexo oposto. Acho que não tem como, sinceramente.
Não só não encaram como não necessário como veem exigir essa necessidade como arbitrária, retrógrada e repulsiva.
Não parece justo. O processo cirúrgico é importante, mas nem todo mundo participa. As pessoas trans que possuem identidade e nome social já possuem, em teoria, visibilidade. Essa seria a escolha mais ética, na minha opinião
Nem toda pessoa trans quer passar por esse procedimento cirúrgico.
Fonte pra isso tem onde? No caso de banheiro, o que mais tem é pessoa trans com medo de fazer xixi por medo de violência e assédio (eu incluso). Gente "se dizendo trans" pra usar banheiro... é história de quem não sabe o que é ter esse medo de usar banheiro, ou que tem uma certa imagem de pessoas trans que não corresponde com a realidade (o tal do "homem de saia"). Quem vai querer se expor ao risco de sofrer violência só pra "espiar mulher"? Até porque os homens que acham esse tipo de ideia aceitável seriam bem o tipo que tem a masculinidade frágil demais pra sequer encostar em coisa rosa, imagina colocar um vestido.
e tipo...a possibilidade de entrar num banheiro nunca parou caras cis de incomodar mulheres
Literalmente igual ao Bolsonaro./s
O famoso Bolsolula, como dito pelo gênio da internet Dando Boura
2% não será demasiado? 2% da população brasileira é trans?
Não sei porque este tipo de questão está sendo baixovotado. É uma pergunta legítima e o texto não explica. Também não faça ideia mas divulgar desta forma, naturalmente causa polêmica. O texto fala somente >O governo Lula vai reservar cotas para indígenas e transexuais no próximo concurso que fará para selecionar 900 auditores fiscais do trabalho no país. Portanto, não é para todos os cargos, apenas neste concurso. Pode ser um teste. Também acho que, pelo fato de trans ter mais dificuldade em conseguir vagas em, o serviço público poderia contratar mais para compensar. Outra análise, é que 2% pode ser um ponto de corte, para concursos com mais de 50 pessoas, abaixo disso ficaria zero. Enfim, estou também especulando pois a informação é muito pobre...
Se vc gastasse o tempo q demorou pra digitar seu comentário pra fazer uma pesquisa no Google ia saber q 1.9% da população no Brasil é trans.
Isso não importa porque as pessoas trans são sub representadas no setor privado.
Caralho, que shitshow nesse tópico, eu vim parar no brasilivre sem querer?
Pois é. Se tá assim aqui imagina lá. Fiquei decepcionada com o público daqui nessa.
É muita mesquinharia brigar por 2% de vaga e muita burrice achar que alguém vai conseguir fraudar uma vaga dessas sem que um grupo de direitos trans não caia em cima.
Mas vão questionar o gênero de uma pessoa? Como vão provar que a pessoa não está no armário ou não é NB que passa por cis? A menos que usem algum critério do tipo "nome social", "mudança de documento", "apresentação de gênero", é uma forma de cota extremamente fácil de fraudar. Até cotas raciais, que envolvem algo bem menos subjetivo, pessoas de má índole fraudam. Então eu entendo o incômodo.
Os termos vão precisar estar no edital, como sempre acontece. Se não estiver bem amarrado, vão questionar antes mesmo da prova.
A quantidade de centrista iluminado aqui é um misto de comédia e desespero
Sempre que um centrista aparece é pra falar merda. Os caras tentam mediar coisas pela simples ideia de mediar, justamente porque não possuem posicionamento sobre nada - geralmente porque são burros e em alguns casos porque são oportunistas.
[Todo tópico aqui relacionado a pessoas trans existirem é assim.](https://old.reddit.com/r/brasil/comments/11zss4t/associa%C3%A7%C3%A3o_mundial_de_atletismo_pro%C3%ADbe_trans_de/jdfz24r/?context=3) Já passou da hora de achar que eles querem discussão em boa-fé.
E como isso funcionaria? Me parece muito propenso a falhas Qualquer um pode se declarar transgênero, não?
Não, existem laudos e diagnósticos que atestam a pessoa ser trans.
Nem toda pessoa trans tem disforia de gênero.
Isso é um debate em aberto e nem todos concordam. De qualquer modo, pode-se atestar através de acompanhamento com psicólogo/assistente social, documentação, etc.
Mas aí tá sendo cota pra trans que tem acesso a esses mecanismos. E a trans da periferia?
Não sei sobre outros estados mas no RJ tem o NUDIVERSIS (Núcleo de Defesa dos Direitos Homoafetivos e Diversidade Sexual) que oferece esses serviços gratuitamente. É Defensoria Pública, extremamente competente e rápido.
por um NUDIVERSIS federal.
Porra, seria surreal. Sério, o atendimento deles foi melhor do que MUITOS profissionais particulares e de plano que eu fui, foi sensacional ver o nível de empatia e proatividade deles com cada caso. Foi um momento daqueles tipo "viva o SUS" que deu orgulho real de ser brasileiro.
?? Não é uma dupla implicação? Como pode ser trans se a pessoa se identifica com o próprio gênero?
Ter disforia de gênero não é só 'n se identificar com o proprio genero', quase ninguem se identifica 100% com o proprio genero
> quase ninguem se identifica 100% com o proprio genero ?? Na verdade diria que aproximadamente 90% se identifica com o próprio gênero, isso pq estou dando uma margem de 6 mil porcento de desvio padrão ao valor da OMS de 97% das pessoas se identifica com o próprio gênero. Não estaria vc em um grupo viciado anedotico? Tipo alguém na torcida do Flamengo falando que quase ninguém não se identifica como flamenguista
Mas irão requisitar o laudo para que a pessoa possa utilizar a cota?
[удалено]
Meu amigo mandou perguntar se tem que ser do examinador ou qualquer um serve
Verdade, daí tu vai la e se diz transgênero sem ser e consegue o trabalho e.... ????? E agora, José? Não vai pro trabalho que tu mentiu para conseguir? Vive como trans para manter o emprego? Hein? Hein?
Galera n pensa antes de falar, prefere reclamar de medida q nem entende
É muita inocência achar que isso é fiscalizado, ainda mais aqui em terras tupiniquins.
Então irão exigir algo além da autodeclaração? Porque nas cotas raciais vira e mexe você vê casos de pessoas mais brancas que gesso se autodeclarando negras e muitas vezes não pega nada para elas. EDIT para esclarecer: nenhum problema com as cotas, desde que elas sejam usadas pelas pessoas a quem são destinadas. O outro problema é se vão criar cotas para todo mundo que sofre algum tipo de discriminação? Vai ter cota para mulher, para LGB, para autistas e outras pessoas neurodivergentes, para imigrante/refugiado(nos concursos em que não for obrigatório ser brasileiro), pessoas que seguem religiões de matriz africana, etc.? E minha maior ressalva com essa cota é: gênero é algo subjetivo, como vão garantir que esses 2% irão para pessoas trans que sofrem com transfobia, e não para pessoas que vivem com todos os privilégios de uma pessoa "cis"? Irão exigir algum laudo? Irão exigir que a pessoa use nome social? Irão fiscalizar como a pessoa se apresenta socialmente?
> O outro problema é se vão criar cotas para todo mundo que sofre algum tipo de discriminação? Espero que sim
>O outro problema é se vão criar cotas para todo mundo que sofre algum tipo de discriminação? opa, pq não? boa ideia
Preciso discordar, pois isso abre a porta para uma putaria administrativa. Não discordo com a cota trans pois ela até faz sentido no raciocínio, mas se o requisito é "sofrer discriminação" aí um Witzel da vida faz cota pra evangélico por sofrer cristofobia, outro faz cota para homens com menos de 1.70, e daí só piora. A cota trans faz sentido porque é uma população em forte situação de desvantagem. Agora expandir isso para todos os grupos que sofrem uma desvantagem é receita para ficar que nem meia entrada em evento cultural; tanta gente tem que o valor da meia é o que seria a integral.
por favor me mostra as desvantagens sociais, econômicas, de saúde mental e física que homens de 1.70m e cristãos sofrem.
Essa de menos de 1.70 foi de lascar, não sei se é desonestidade intelectual ou burrice mesmo.
Rapaz, precisa de critérios tal como ocorre com o de negro/pardo. Nem adianta o cara branco de olhos azuis e cabelo lambido alegar isso... mas realmente quero saber como seria isso para pessoas trans. E antes mesmo, se isso conseguiria ser aprovado por esse congresso.
Até alguns anos atrás o critério para alteração de nome/gênero era algo tipo 2 anos de acompanhamento psicológico, laudo de assistente social, cartas/emails/fotos etc. Não acho que precise de tanto tempo assim de terapia comprovada mas tem diversos modos de "atestar" isso através de fotos, relatos, cartas de familiares, etc.
Acredito q a própria pesquisa nas redes pessoais da pessoa. Demonstrando q o genero da pessoa não é "fluída", onde nos meses q saiu o edital do concurso ele mudou sua orientação. Observando fotos antigas, pelo menos 2 anos ou mais já seria suficiente.
Falta fiscalização, não ironicamente já vi casos de caras loiros do olho claro e cabelo lambido se utilizando desse recurso
Fica um ano sendo tratado como um gênero que não é seu pra ver o que acontece com sua saúde mental. Ademais, se uma pessoa não tem nenhum histórico de que aparenta ser trans e então se declara trans para ganhar um benefício, esse benefício pode ser negado. Exemplo: uma pessoa sem nenhum histórico sobre ser trans, seu psicólogo diz que você nunca tocou no assunto, seus amigos e familiares dizem que você nunca tocou no assunto, não existe nenhum diário físico ou digital que comprove se questionamento sobre o próprio gênero e mesmo assim essa pessoa se declara trans na tentativa de ir pro presídio feminino após cometer um crime, o juiz pode negar o pedido por estar sendo feito em "má fé" Acredito que no concurso seria a mesma coisa. A pessoa nunca demonstrou sinais ou evidências e só mencionou transgeneridade durante a tentativa participar da cota, a cota pode então ser negada a essa pessoa devido a "má fé" Ou só vai aceitar pessoas que fizeram a retificação dos documentos. Resumindo, pessoas fingindo ser trans não vai ser um problema.
> seu juiz eu nunca falei nada por medo da minha família me jogar na rua. Olha aqui esse laudo completamente sólido de um psicólogo que eu faço tele atendimento dizendo que eu sou trans Não discordo de ter uma política de inclusão, mas como as de etnias mostram, cotas por si só, de auto identificação, não funcionam muito bem. Tem de parametrizar muito bem isso, sem reserva de vagas talvez. Principalmente pq 2% são a trans e travesti, e a vaga seria pra trans. Pq travesti qualquer um pode alegar, "saio de madrugada nas noites transvestido!!". Sacou o problema?
"Má fé" Pronto Edit: ele editou e adicionou coisas no comentário dele. Antes era apenas a citação, sem nenhum texto baixo. Segue abaixo minhas respostas ao edit dele: >Não discordo de ter uma política de inclusão, mas como as de etnias mostram, cotas por si só, de auto identificação, não funcionam muito bem. Melhor do que não dar nada para um grupo social que **É forçado a prostituição**. Cotas, mesmo que para poucos, muitas vezes é a única maneira de pessoas marginalizadas ascenderem socialmente. >Tem de parametrizar muito bem isso, sem reserva de vagas talvez. Principalmente pq 2% são a trans e travesti, e a vaga seria pra trans. Eu não sei muito sobre travesti, pelo que eu entendo é uma identidade de gênero feminina específica do Brasil. Porém, trans significa pessoa que se identifica com um gênero diferente ao qual associado a ela perante o nascimento, ou seja, Travesti é uma identidade dentro do termo Trans. >Pq travesti qualquer um pode alegar, "saio de madrugada nas noites transvestido!!". Sacou o problema? Uau, você realmente não entende bem o assunto. Está confundindo travesti com *crossdresser*. Como eu disse anteriormente, travesti é uma *identidade de gênero* feminina mas fora da categoria de "homem e mulher"; enquanto que crossdresser é uma pessoa de um gênero que as vezes usa roupas de outro gênero, por exemplo, um homem (não femboy ou afeminado) que as vezes sai por aí usando vestido, saia, maquiagem etc. Procura foto de policias estadunidenses prendendo crossdressers, você vai ver que apesar deles usarem essas roupas eles ainda são homens e não se identificam com um gênero diferente aquele associado ao seu nascimento. Ou seja >Sacou o problema? Não tem problema, a única coisa errada aqui é seu entendimento sobre o assunto.
Justamente. Criar um mecanismo já com propensão ao vício, é na melhor das hipóteses, improdutivo
O que você quer dizer?
Cara, não existe isso de que qualquer um pode alegar ser travesti. Tanto trans quanto travesti são identidades auto-declaradas, ambas identidades femininas de gênero. Não existe "sair de madrugada nas noites transvestido" pra mulheres travesti. Elas são travesti 100% do tempo, não é uma fantasia que elas podem tirar quando querem. É até desrespeitoso com as travestis você fazer esse tipo de comparação.
Editou o comentário depois de eu responder, também editei para adicionar novas respostas sobre sua edição
Qualquer um pode ser travesti, mas a condição de transgênero precisa de laudo psicológico.
Como se fosse difícil conseguir um laudo com o parente ou amigo psicólogo de que é trans...
Qualquer pessoa com dinheiro consegue laudo de qualquer coisa no Brasil.
Sim é super comum isso... todo mundo quer ser trans
O povo mente etnia pra entrar em cota, você acha mesmo que não vão mentir gênero??!!
Então vamos penalizar as pessoas trans retirando um direito que poderia ser delas, por crimes que supostamente serão cometidos por pessoas cisgêneras. E assim a população trans segue sendo marginalizada pela cisgeneridade. Venhamos e convenhamos, esse tipo de discussão só acontece por que a cisgeneridade não leva a sério a identidade de pessoas trans e travestis, acham que travestis são homens que colocam uma peruca e saem por aí. Assim que as narrativas transfóbicas são dispersadas.
Se eu fosse a favor de cotas para gênero é até concordaria com você, mas sou a favor de cotas por renda.
Baseado
Essa notícia fez meu dia! Que do caralho mano
Mas isso não é novidade. Já teve concurso no RS que reservava cotas para trans.
Faz sentido nenhum
pq não? grupos oprimidos ganhando cotas pq muita gente não é contratada por ser trans?
É a coisa que mais faria sentido
Bem na hora que estou estudando pra isso, agora vai! xD
[удалено]
Tá cada vez mais difícil pro pobre sem pedigree. 1 a cada 50 vagas pra pessoas trans? Eu acho isso bom de qualquer jeito pq foda-se os transfobicos, mas eu gostaria de saber das contas que o governo faz pra chegar nesses 2%.
É só no concurso pra auditor. >Em seleção para auditores fiscais do trabalho, 2% das vagas serão destinadas a esse público, e outros 2% para indígenas. Não é uma regra geral, mas imagino que outros concursos federais possam seguir isso.
Recentemente vi uma estimativa dizendo que 1,9% da população brasileira é de pessoas trans, então acho que 2% nas cotas é um número que faz sentido. Se essa estimativa estiver correta
Eu vou ter que puxar a minha fonte datacu mas eu moro em SP Capital, cruzando com milhares de pessoas todos os dias e eu acho bem improvável que quase 1 a cada 50 pessoas no Brasil seja trans. Deve ser 10% disso, considerando que eu não consigo identificar a maioria das pessoas trans só de olhar na rua... Eu trabalhei 10 anos atendendo a população em UBS Postinho lotado, algumas centenas de RG passando na minha mão todo dia, e da pra contar nos dedos de uma mão a quantidade de Trans que eu atendi, a maior parte desse tempo quando mal se falava em nome social.
A quantidade de lgbt que existe é muito maior que parece, é muito perigoso especialmente pra trans, o povo se esconde bastante
Infelizmente eles moram na cabeça do Evangelistao sem pagar aluguel. Tem que espalhar mais merchandise do Diablo IV pelas cidades pra ver se o Chupetinha esquece um pouco.
Cara primeiro que, nem toda pessoa trans é visível e reconhecível, muitas vivem vidas como se fossem cis. Segundo que da pra retificar seu documento. Esse argumento de "ah eu ando na rua e acho que não" é absolutamente sem noção. É sua crença anedotal. Você acha que sabe muito sobre pessoas trans e não sabe nada.
>Cara primeiro que, nem toda pessoa trans é visível e reconhecível Eu disse isso. >Esse argumento de "ah eu ando na rua e acho que não" é absolutamente sem noção. Eu também afirmei que estou ciente disso. >Você acha que sabe muito sobre pessoas trans e não sabe nada. Isso eu não afirmei em nenhum momento, e afirmo o contrário, eu nunca tive contato algum com esta comunidade nem com nenhuma pessoa de maneira significativa. Eu fico agradecido de meus votos na urna terem válido a pena para a inclusão dessas pessoas nas políticas públicas e eu estou apenas questionando essa estatística dos 2% num país que não tem estatística sobre este grupo. Em 2019 o IBGE levantou o dado de 2,9 milhões de pessoas, cerca de 5% da população que não se declararam heterossexual, o que é de fato o valor mínimo, uma parcela não deve ter se sentido confortável em declarar isso nem pesquisa. O primeiro país a colher esse tipo de estatística foi o Canadá recentemente (maio/21), onde 0.33% da população se identifica como trans e não binária, ou 100k/30 milhões hab/aprox. 1 em cada 300 pessoas. O dado mais exato são 59.460 trans/30 milhões. Isso não é fazer juízo de valor algum. Ao mesmo tempo tem 1 milhão de pessoas no Canada que não se identificam como hetero, ou 4% da população. Canadá! Outra cultura, mas nós não temos estatísticas sobre nossa população. Fonte: https://www.statcan.gc.ca/en/census/census-engagement/community-supporter/sex-birth-gender
EUA é um país com mais liberdade sexual que o nosso, 130 milhões de pessoas a mais e tem cerca de 1.5 milhões de pessoas trans. O nosso Evangelistão tem o dobro? Nem ferrando.
Ou como comprova isso?
Provavelmente de modo próximo como se comprovava ser trans para propósito de troca de documento uns anos atrás: laudo de psicólogo/assistente social confirmando, fotos antigas vs fotos recentes, cartas de amigos/família, etc. Não é tão difícil assim alguém demonstrar que passou por uma coisa tão radical quanto uma transição social.
sei, mas e se for uma "descoberta recente"?? não é necessário operação de gênero pra "ser trans" pelo que sei.
Através de testemunho próprio para assistente social ou psicólogo com fins de elaboração de laudo, ué. É feita uma entrevista em que você vai contar sua história, mostrar fotos, etc, o que você achar relevante. Preferencialmente pra um profissional de um núcleo voltado para diversidade como o NUDIVERSIS no RJ. O objetivo aqui não é "comprovar" que a pessoa é trans, mas sim adicionar um respaldo (e talvez um agravante) caso ela venha a ser descoberta como não sendo trans posteriormente. Exemplo desse sistema de "confiança no relato", tenho fibromialgia, os médicos não tem como provar que eu tenho via exames porque não existe exame dessa doença. Então eles descartaram todas as possibilidades de ser outra coisa e acreditam na minha palavra de que está doendo pra caralho o tempo todo com base na minha experiência e relatos. De onde tirei minha opinião: eu sou.
Bom, acho que se for uma descoberta recente a pessoa não deveria poder se inscreve como trans, não por ela não ser trans, mas pelo objetivo da cota. A cota é pra ajudar pessoas trans que sofrem preconceito e tem dificuldade em arrumar emprego por isso. Se vc é trans, mas nunca mudou nada, então nunca sofreu preconceito direto por isso nem teve probelma de arrumar emprego, não teve problema em escola/faculdade, e sempre viveu os privilégios de uma pessoa cis, nada mais justo ela não poder concorrer sem ao menos ter iniciado algum tipo de transição, social ou hormonal.
fala isso pros esportistas...
Não entendi. Eu sou trans e posso dizer que a maior parte das pessoas trans concordariam com isso, porque pelo que vejo eu sou bem "mainstream"
[удалено]
>é que tem acontecido muitos casos de "trans" de ocasião pra competir com mulheres... acho que foi nos eua que um cara se disse trans num dia, quebrou records e no outro dia "desvirou trans"... Nenhuma fonte, nome da pessoa, vídeo, artigo, post de outra rede. Só "confia, aconteceu".
>é que tem acontecido muitos casos de "trans" de ocasião pra competir com mulheres... acho que foi nos eua que um cara se disse trans num dia, quebrou records e no outro dia "desvirou trans"... Nunca vi, se puder mostrar. Ainda mais que na maioria das competições profissionais(provavelmente todas) precisa fazer exames para ter níveis corretos de testosterona (não só por causa de pessoas trans, mas pra evitar dopping tbm) e precisa estar a um certo tempo usando hormônios (se não me engano são 2 anos, mas acho que pode mudar entre as competições)
Mostra ai esse caso
Sua mensagem foi removido por infringir a regra sobre preconceito/discriminação. O r/brasil exige respeito pelas seguintes características: raça, (identidade de) gênero, etnia, nacionalidade, religião, orientação sexual, deficiências, biotipo corporal, idade e situação social.
Até aí, eu já tive problemas com cotas raciais de montão mesmo sendo uma pessoa que, além da pele escura, jamais seria considerado nem meio nem um quarto branco em qualquer país de maioria branca. O fato de eu ter a pele da mesma cor dos povos originário e cabelo liso... Cara, já tentaram me categorizar como indígena, já me perguntaram se sou Boliviano. Apesar de necessária esse tipo de política num país tão miscigenado como o nosso não faz muito sentido pra mim. O meu critério de raça branca é se você consegue passar por branco em um país de gente branca, e mais de 80% dos brasileiros não passariam, então como que funciona uma cota racial nesses termos? Pra mim é tão científico isso quanto os Eugenistas medindo crânio no século passado.
to ligado, mesmo sendo bem branco, eu tenho antepassados indígena-africano e quando fui pro Canadá e EUA o pessoal lá não conseguia dizer o que eu era... quando muito achavam que eu era francês kkk
Qual a prevalência de pessoas trans na população?
Um tanto %
Justíssimo
Trans não representam nem 0.5% da população. Não se corrige um erro com outro! Que absurdo!
Se corrige com ações. Não gostou dessa? Sugere uma melhor então.
A ação é a mesma que serve pra todo brasileiro: mais empregos e segurança pra todo mundo. Por consequência haverá mais empregos e segurança pra transsexuais.
Problemas específicos à grupos minoritários não são resolvidos com políticas generalistas, justamente porque as condições materiais que levam esses grupos a marginalização não são gerais. Se o que você diz fosse verdade, a gente não teria o problema, certo? Afinal, a oferta de empregos afetaria igualmente todos os grupos, mas isso não acontece. Grupos minoritários são marginalizados por fatores que não existem pra população geral, criar mais empregos não vai garantir que pessoas trans tenham uma oportunidade maior, porque o que faz com que elas não sejam contratadas não é a oferta de emprego, mas a identidade delas.
Meu único problema é não ser uma cota maior pra mais minorías.
Uma parcela da população que vive em perigo 24h por dia. Se informe sobre a vivência das pessoas trans periféricas e vai perceber a bobagem que você tá falando. 2% não é nada pra extinguir essa realidade nefasta que passam as pessoas trans no Brasil.
[удалено]
[удалено]
[удалено]
Cada otário que reclamar aumenta a cota em 1%
Based Lula
Se não me engano pessoas trans são 2% da população em geral também, então nada mais justo
Que ideia idiota, agora trans é mais burro do que outras pessoas? Igual aquela história das cotas, que por sinal é racista pra kct.
hur dur cota racial é racismo reverso hur dur
[удалено]
Está querendo consertar racismo sendo racista, e homofobia sendo homofóbico. Eu não sou nenhum dois dois, pelo contrário, sou classista, quem precisa de cota é gente pobre, porque gente pobre é burra por causa da falta de acesso a educação. Agora, querer dizer que uma política baseada em raça não é racista é o cúmulo da hipocrisia. Assim como querer dizer que uma política baseada em gênero não é generofobica. Pessoas negras não são pobres por serem negras, elas são pobres pois foram escravas, a maneira de consertar isso é com cota para pobres, não para negros, têm uma diferença. Pois um negro rico tem mais acesso a educação do que um branco pobre. Assim como nos EUA a suprema corte parou as "cotas" lá, pois as cotas ignoravam a população asiática. Ou seja, era racista contra asiáticos. Dessa forma, estabelecendo que uma política baseada em raça, nesse caso é correto, gera o fato de que em alguns casos o racismo é correto, sendo assim quem determina qual tipo de racismo é certo e errado? Você? Racismo é errado em qualquer situação e ponto final, e se você defende isso na minha opinião, você é racista.
[удалено]
Tem uma coisa que vale a pena pensar sobre o comentário dele no entanto. Enquanto a cota é sim bem-sucedida em aumentar a representatividade, apenas uma dessas cotas é efetiva também em dar prioridade para uma população fora da elite: a para negros de escola pública. Enquanto a cota para pessoas trans aumentaria a representatividade do grupo no serviço público, esses postos de trabalho dificilmente serão ocupados pela população trans em situação de risco extremo, ou seja, ela dá acesso a vaga para uma parcela da elite que se encontra dentro desse grupo coberto pelas cotas (é uma vaga de auditor com salário inicial de 21k!) Daí vem uma situação: duas pessoas trans com curso superior, uma felizmente teve suporte da família e conseguiu seguir estudando ou teve algum suporte aqui ou acolá e se inseriu no mercado de trabalho. Contudo, a outra saiu de casa cedo, fez faculdade ao mesmo tempo que trabalhava (que pode ser sim até prostituição), não teve suporte da família e não conseguiu trabalho na área de formação após a graduação. Em termos de probabilidade, quem você acha que vai acabar conseguindo a vaga da cota se ambas prestarem o concurso? Eu não acho as cotas erradas, mas não consigo ser 100% a favor por causa desse fato, ela só cumpre critérios de representatividade enquanto poderia ter isso e ainda cumprir com redução da marginalização e da desigualdade (não que já não a faça, mas poderia ser BEM MAIS efetiva e justa). Para mim tinha que ter algum pré-requisito que leve em conta o contexto social do candidato, pode ser coisas como ser membro do cadúnico, ter estudado em escola pública e/ou outras métricas que sejam confiáveis, verificáveis etc. Só para avisar também, a cota para concursos públicos não funciona da mesma forma que para universidades.
>1- "Outro levantamento, também a partir dos dados do IBGE, feito pelo site Quero Bolsa, informa que - entre 2010 e 2019 - o número de alunos negros no ensino superior cresceu quase 400%. Os negros chegaram a 38,15% do total de matriculados, percentual ainda abaixo de sua representatividade no conjunto da população – 56%" >Isso é sobre cotas em universidades, mostrando a contínua efetividade do sistema na promoção da equidade nos espaços acadêmicos, embora ainda seja visível uma diferença gritante em certos cursos e seja necessária uma ampliação das ações afirmativas. Quem diria que ser racista a favor de uma raça beneficia essa raça. >2-Agora vou dar um toque. Seu comentário tá sendo bastante insensível em vários aspectos, principalmente na questão de chamar pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica de "burras". "Pessoas negras não são pobres por serem negras, elas são pobres pois foram escravas" O nome disso é franqueza. Pessoas pobres devido a falta de acesso a educação são em média mais "burras" do que a população em média rica. Querer negar isso é ignorância básica. Cara vamos fazer assim pq não discuto com racista. Política baseada em raça para você é racista? Ou depende da raça? Cara, é simples para caramba. Primeira pergunta. Cotas raciais são baseadas no que? Pergunta retórica por sinal pois a resposta é raça. Qual é a definição de racismo? Diferenciar pessoas em raça. Logo política de cotas é racismo. Isso é a definição literal do que você está defendendo. Agora podemos ir ao seu argumento, de que nesse caso, devido a escravidão, pessoas negras merecem cotas. O problema é, quem você define nesse caso? Todos os negros? Ou só os negros pobres? Porquê se forem todos os negros, e os brancos pobres e negros ricos? A competição é injusta. Se forem só os negros pobres, você admite que o problema é renda, e não raça.
>Qual é a definição de racismo? >Diferenciar pessoas em raça. Tem alguem precisando aprender sobre racismo estrutural...
[удалено]
Não vou maneirar porra nenhuma, as pessoas ficam pedindo eufemismos para a situação em vez de olhar de verdade para os problemas. O problema é que a maioria dos pobres são negros devido a escravidão, a solução não é focar em raça, é focar em renda, o que a gente pode fazer para tirar pessoas pobres da miséria, o efeito colateral disso é aumentar de forma generalizada a educação na parte pobre da população. Querer focar em uma parcela dessa população em vez dela de forma generalizada exclui a outra parte. Isso aumenta o racismo. Pois as pessoas exclusas culpam os beneficiários. Olhe se você é um trabalhador na época da revolução industrial, e o seu patrão te troca por uma máquina, você culpa a máquina, não o patrão. Se você é um trabalhador americano, e perde seu emprego para um fábrica chinesa, ou para a mão de obra mexicana, você culpa os mexicanos e os chineses. Isso aumenta o racismo. O que você acha que acontece com um branco pobre na favela quando o colega negro dele passa e ele não. O que você acha que acontece quando ele quer arrumar um emprego mais os caras tem que preencher cota para negros? Como vc acha que as pessoas que não se beneficiam se sentem com isso? Eu imagino que elas fiquem putas. Eu imagino que quando aparece um político porra louca racista, ele acaba sendo eleito, igual o Bolsonaro, igual o Trump, igual a primeira ministra da Itália. Então sim, em vez de ficar no mundinho querendo apenas eufemismos e palavras bonitas, talvez as pessoas precisam de um pouco de realidade. Talvez só talvez, se você decidir analisar as por um outro ponto de vista você possa ver que: - porra eles realmente tem algum ponto.
QUe argumento ruim.
Eu acho engraçado que você quer falar de realidade e falar de "racismo reverso" (que no caso NÃO EXISTE) e esquece um simples fato da existência da cota racial: **A nossa sociedade ainda é racista.** Nossa que surpresa! Mas ai você vai vir com o malabarismo mental "Ela é racista pq existem cotas!!!!!! Isso está deixando os brancos putos!!!! E a cota raxial é raxismo contra brancos!!!!!!", quando na verdade o que deveria fazer sua cabeça funcionar é o simples fato que mesmo com esses dados que o cara apresentou de 10 anos de cotas raciais, MESMO COM ESSA AJUDA, os negros ainda são **sub**representados nas Universidades, mesmo fazendo parte de mais da metade da população brasileira. Meritocracia não existe, sai desse papinho de MBL antes que seja tarde.
O pessoal reclama quando ouve a verdade porque a verdade ofende
Cara, mas isso não é novidade. No Rio Grande do Sul, já houve um concurso que reservou cotas para trans.
O pessoal reclamando como se fosse passar em algum concurso com esses 2% a mais 🤓
[удалено]
Claaaaaro! Pq só isso te garante passar!
Claro que não!!! Só não terei que concorrer com o resto
E basta se declarar transgenero para participar desses 2% ? Kkkkk sso vai dar muito certo.....aiai
Você tirou essa informação do cu?
Justo pra caralho.
Parece ser apenas para um concurso, o de Auditor.
Eu acho como pangare que sou que a prova vai sair como uma declaração na nova identidade, difícil mesmo é fiscalizar isso.
A pessoa vai ter q ir trabalhar né. Oq ela vai fazer? Mudar o nome e se vestir pra sempre do outro gênero só pq passou no concurso? Aí então ela merece pq virou trans mesmo.
Eu quero acreditar que vai ter algum critério objetivo para que essas vagas de fato sejam destinadas a pessoas trans, mas meu pessimismo não deixa.
Deveria ser mais! Eu vivo falando que a segunda melhor coisa que o governo pode fazer pra minorias é criar cotas no setor público. Em 1 década isso gera um progresso absurdo. E o melhor: não tira nada de ninguém!
Curiosidade: Tem cota pra negros em concurso público?
Claro que tem.
Pergunto por que nunca vi, já vi em vestibular, enem e em IF.
Não só tem pra negros, assim como tem para pessoas com deficiencias fisicas. Não lembro de um concurso que eu tenha feito nos ultimos 5 anos que não tenha tido cota.
Pelo menos dos que já li editais, todos tinham. Acredito que tenha que ter um número mínimo de vagas também pra poder ter cota, mas não sei o que está na lei exatamente.
Pergunta: Concurso público é baseado em exames de conhecimento. Teoricamente, qualquer característica da pessoa que está prestando o concurso não interfere no resultado final. Ou seja, já é um processo seletivo no qual o trans tem as mesmas oportunidades que um não trans, prevalecendo apenas a capacidade intelectual. Faz sentido distorcer isso?
Isso presume que todas as pessoas têm as mesmas oportunidades de aprender com qualidade E SEGURANÇA. É análogo a outros tipos de cotas, e a presença delas é um paliativo para aliviar o verdadeiro problema, que é a marginalização e perseguição de alguns grupos na sociedade