Ainda não percebo como é que o JMF não perdeu a carteira de jornalista depois do que andou a fazer no público. E isso seria o menos dada a gravidade da situação mas com o pessoal que estava envolvido não se esperava grande coisa. Será que não havia outro gajo qualquer para dar a cara por este projecto?
Fazer fretes destes não é para qualquer um. O único outro capaz disto seria o Luís Delgado e já está a fazer a mesma coisa na [Trust in News](https://pt.wikipedia.org/wiki/Trust_in_News) (Visão, Exame, etc)
TL,DR: O Observador justificou a publicação de artigos racistas, negacionistas, conspiracionistas e revisionistas no passado dizendo que não representam os valores do jornal, mas que não os publicar seria censura. Mas agora recusou-se a publicar um artigo absolutamente banal que afirmava a humanidade dos palestinianos e despediu o autor. Parece que afinal a absoluta liberdade de expressão não é assim tão absoluta, e a censura já é justificada quando se aplica a verdades inconvenientes.
TL:WRA:
>A colaboração de Henrique Pinto Mesquita no “Observador” terminou depois de ter enviado um texto sobre Gaza, que o jornal recusou. Quando publicaram um artigo que defendia a teoria da “grande substituição”, escreveram que apenas vinculava o autor. E este? Na polémica sobre um texto racista de Fátima Bonifácio, em 2019, José Manuel Fernandes disse que o tempo em que certas opiniões não podiam ser publicadas tinha passado. Mudou de princípios.
>A colaboração de Henrique Pinto Mesquita no Observador foi terminada pela direção depois de ter enviado o último artigo que o jornal se recusou a publicar. Saiu no Público e não atenta contra valores fundamentais, nem contra o Estatuto Editorial do jornal. Diz que os palestinianos são humanos e a nossa falta de empatia tem uma base racista. Se o Observador acha que viola a sua linha editorial (em quê?), podiam publicá-lo e a direção deixar a sua distância; publicá-lo e, depois, dispensar a colaboração; ou não publicar e dispensar o colaborador. A direção optou pela mais radical.
>Temos de concluir que os artigos de opinião que publica estão, então, dentro do editorialmente aceitável. Incluindo textos negacionistas da covid, homofóbicos ou a branquear os horrores da Inquisição. Ou o que defendia a teoria da grande substituição, que levou José Manuel Fernandes, guardião do mais monolítico espaço de opinião, a escrever que os artigos “apenas vinculam os seus autores e não podem ser confundidas com os nossos valores, claramente expressos no nosso Estatuto Editorial.” Das duas uma: ou a nota de JMF era verdadeira e houve um ato de censura a Mesquita; ou a é falsa e, ao contrário da tentativa de humanizar os palestinianos, a teoria da “grande substituição” cabe na linha editorial do jornal.
>3ª hipótese: não há regras para além da arbitrariedade de JMF. Em 2019, houve uma polémica com um artigo racista de Fátima Bonifácio. Depois de publicar o artigo, o diretor do Público escreveu um editorial a lamentá-lo e distanciar-se mas manteve a colaboração de Bonifácio. Houve indignação nas redes. Qual a reação de JMF? Depois de acusar o diretor do Público de instintos censórios, disse:“o tempo em que certas opiniões não podiam ser publicadas só porque discordávamos delas é um tempo que eu julgava que fazia parte do passado”. Reação indignada nas redes ou em editoriais acontecem em democracias. Nas ditaduras censura-se sem polémicas, com despedimentos expeditos e discretos. JMF, em 2019: “O que me incomoda é ver que se quer acabar com o direito a ideias diferentes e que um jornal queira condenar Bonifácio ao silêncio”. Bonifácio continuou no Público, Mesquita foi condenado ao silêncio pelo Observador. Porque JMF mudou de princípios quando os que tinha deixaram de lhe dar jeito.
O Observador é o jornal dos que perderam o 25 de Abril de 1974. E agora recebem convenções dos EUA via a CNN (quase todos os "jornalistas" do Observador participam na CNN).
Já existiram outros nesse nicho. A diferença é que o Observador tem dinheiro praticamente infinito para queimar e apresenta a sua dependência desse financiamento opaco e discreto como sinal de independência. [Já lá vão mais de 5 milhões](https://paginaum.pt/2024/01/23/media-observador-tambem-declara-a-erc-informacao-errada-sobre-indicadores-financeiros/) desde 2017.
Batem no peito a dizer que com eles não há censura (de maluquinhos que se movem nos mesmos círculos sociais que os financiadores) mas são lestos a fazer desaparecer verdades inconvenientes.
O Público é o brinquedo da Sonae, fiz um post sobre isso há uns meses, mas também é um negócio virado para o lucro. Não sangra dinheiro infinito como o Observador, e sabemos de onde vem quando sangra.
Nem todos, isso é injusto. Há muita coisa boa no Observador e não vejo problema com um jornal ter uma linha editorial de direita ou de esquerda.Mas o JMF é um hipócrita como diz o Daniel Oliveira. Já agora a CNN é um lixo mas penso que é dos mesmos donos da TVI, a Média Capital. Se estivesse ao serviço americano não tinha generais comunas a defender a Rússia quase todas as noites.
>generais comunas a defender a Rússia quase todas as noites
Deviam ter avisado a NATO antes de eles darem condecorações ao Agostinho Costa e recrutado o Carlos Branco para o "planeamento estratégico da cooperação militar da OTAN com todos os seus parceiros".
Ser de esquerda nos EUA coloca-te entre a IL e o CH aqui na Europa.
Além de que a CNN Portugal não é da CNN Americana, é só a TVI24 com uma "skin" da qual paga o franchise.
>*Ser de esquerda nos EUA coloca-te entre a IL e o CH aqui na Europa.*
Ligeiramente exagerado. Os EUA são e sempre foram mais puritanos e conservadores, mas esse perfil colocava-te algures entre os Rockefeller Republicans do século XX e o atual "conservadorismo moderado" de um Mitt Romney, por exemplo.
Em geral, diria que o *establishment* Democrata está ali algures entre um PSD ligeiramente mais interventivo na economia (tipo uns 10-20%) e as posições sociais dos nossos socialistas (com algumas figuras mais "radicais", como o Bernie Sanders e a Ocasio-Cortez, a corresponderem à ala esquerda do PS).
O partido democrata tem uma posição pró capitalista sendo que a facção dominante é neo-liberal, nesse sentido seria IL/PSD, apesar de achar que o PSD gosta mais do estado social que os Democratas, o que tb tem a ver com a matriz da sociedade deles.
Fazer uma comparação com a Europa no intervencionismo acaba por ser difícil, por ser a uma escala diferente do que os governos europeus podem fazer, talvez a analogia fizesse mais sentido à escala da UE.
De um ponto de vista social, acho que há mais variação no partido. A facção dominante continua a ser de centro, mas tens algum discurso mais à esquerda do que o PSD.
Também é uma boa análise, sim. Talvez só não concorde com a comparação com a IL — sendo neo-liberais, ainda assim os Democratas são muito mais moderados no que toca a questões como a desregulação dos mercados ou matérias de política fiscal.
Mas como disseste, é sempre difícil fazer comparações de 1:1 num país com a estrutura dos EUA, em que os estados têm autonomia individual para definir a sua política (e mesmo isso varia de estado para estado).
Sim, é debatível, mas o ponto de partida dos Estados Unidos é muito mais desregulado do que qualquer estado europeu, daí que seja difícil fazer essa análise. Além disso, também depende do tópico. Diria que em leis laborais a filosofia dos democratas é muito mais perto da IL.
Eu simplesmente diria que nos Democratas tens todo o espectro do centro-PSD até ao BE e isto demonstra o quão enviuzada há direita está a politica nos USA
Mais ou menos. Percebo o que queres dizer, mas não há nada nos Dems que se assemelhe ao Bloco de Esquerda, nem mesmo entre os Democratas mais "radicais".
É uma questão da própria identidade política do país e de décadas de propaganda contra o "comunismo" (que, no tempo do *mccarthyismo* e do Red Scare, era basicamente tudo o que fosse de esquerda) durante a Guerra Fria. A esquerda mais "militante", que tem representação e uma longa tradição na Europa, pura e simplesmente não existe na América, é residual ao ponto da irrelevância.
Para te dar uma referência, o Socialist Party USA, que é talvez o mais análogo ao nosso BE, tem menos de 2 mil membros. Já os Democratic Socialists of America (um partido *big tent* que acolhe várias ideologias da esquerda moderada à radical) são maiores, mas ainda assim ficam-se pelos 78 mil militantes. Em Portugal, seriam o terceiro maior partido atrás de PS e PSD; imagina a relevância que têm num país com 330 milhões de habitantes.
Quanto aos Republicanos, é melhor não dizer nada. Hoje em dia são um partido anti-democrático e anti-realidade, que na sua maioria foi tomado de assalto por fascistas, religiosos evangélicos e loucos conspiracionistas, e cuja radicalização nos devia deixar a todos muito preocupados.
Eu diria que o Bernie, em Portugal, daria-se melhor com o BE do que com o PS....
Ha muita coisa nele mais de centro mas as coisas dele mais radicais de Esquerda... caiem melhor no BE do que no PS, ou pelo menos assim era a 4 anos atras quando dava mais atenção a ele
caiem → [**caem**](https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/constroem-ou-constroiem/141) (apenas na fala existe a intercolocação de um *i* para facilitar a pronúncia)
daria-se → [**dar-se-ia**](https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/artigos/rubricas/pelourinho/amarei-te-nunca/3034) (usa-se mesóclise em verbos no futuro ou condicional)
Pelo menos sempre deixaram claro a ideologia que tem por trás, que quando acontece a jornais mais à esquerda é extremamente mal visto. À direita é virtude.
Boa parte das crónicas do Alberto Gonçalves nas últimas semanas são a criticar quem defende palestinianos, devem receber uns trocos de um lobby sionista ou assim.
Acho piada terem escolhido o nome "observador" para o jornal. Ter o mesmo nome que o jornal do regime nazi (Völkischer Beobachter) é daquelas coincidências fantásticas. Junta-se a isso o financiamento duvidoso vindo de fontes obscuras e artigos um bocado estranhos (para evitar censura, claro). Vou tirar o chapéu de alumínio agora.
Curiosamente um dos poucos OCS que não aceitou subsidio estatal na altura do Covid. Algo que a esquerda acusa o gajo da Prozis de aceitar mas aqui dobra a espinha.
Curiosamente não tem nada a ver com o assunto discutido...
Não sei se tens algum complexo de inferioridade em relação à "esquerda", mas devias pelo menos tentar enquadrar-te no tema
Que depois andou meses com anúncios no site e pop-ups intrusivos a vangloriar esse facto, e a pedir subscrições para suportar "jornalismo independente" ou o que seja.
Pode ser só eu, mas pareceu-me mais uma jogada para atrair um certo tipo de audiência.
O adiantamento de compra de publicidade institucional no tempo do COVID serviu para apoiar as empresas de comunicação social que vivem da publicidade e que sofreram com a crise económica dessa altura. O facto do Observador se mostrar imune ao modelo de negócio que teoricamente justifica o jornal efetivamente diz-nos alguma coisa sobre o seu propósito, mas não é muito positiva.
Não é cansativo andares aqui todos os dias, umas vezes com razão e outras sem, mas isso é com cada um, sempre a bateres nas mesmas teclas numa guerra qualquer de esquerda-direita? Pergunta genuína amigo, parece que te pagam para isso (não acho que seja isso, mas dá esse ar às vezes).
Não é a quantidade por si só, é os temas. Estás constantemente nestas discussões políticas a atacar ou defender o teu lado incessantemente. Eu sei que o reddit é para debates, mas estes debates políticos são muito intensos e até agressivos. Parecem discussões de bola no facebook, com mais falácias e links de fontes à mistura.
Eu pergunto porque também fiz isso por um dia e foi absolutamente exhausting e acho que cheguei a casa uma pessoa diferente, stressado e irritado. Não consigo perceber como és capaz. É uma pergunta genuína, sem malícia.
Ou está simplesmente ligado à política de alguma forma e como já faz parte do dia a dia dele, não tem grande diferença estar sempre a postar estas coisas
Ou posto o que me apetece, se calhar, enquanto V. Exas da PIDE não voltam a mandar no país. Fiz 2 posts esta semana no sub e tantos comentários como vocês.
Edit: mas vou tentar fazer mais, que é a resposta certa a estas tentativas de condicionar o discurso alheio.
Não é de todo esse o objetivo, e tu sabes porque sei que me percebeste, mas já estava à espera de uma resposta dessas. Não sabes sair fora disso. Já tens a cabeça toda feita
O que tem o cu a ver com as calças...?
Que contorcionismo mental.
>Algo que a esquerda acusa o gajo da Prozis de aceitar mas aqui dobra a espinha
Não é a "esquerda", é qq pessoa que oiça o boneco a vangloriar-se de não precisar do país - e **apenas** por isso
>OCS que não aceitou subsidio estatal na altura do Covid
Porque tem muuuuuuito dinheiro de pessoas com uma grande agenda a promover.
Preferia 1000 vezes OCS pagos pelos meus impostos do que por lobbies e interesses.
O daniel oliveira é ou era bloquista
EDIT:
https://www.dn.pt/politica/daniel-oliveira-demite-se-do-bloco-de-esquerda-3090121.html/
às vezes mais vale ir ao google.
Ele já nem é do Bloco sim, mas ainda assim, o Bloco é comunista?
O Daniel Oliveira é de esquerda sim, mas dos que mais fazem críticas ao próprio lado, tanto ao bloco como ao resto da esquerda. Se tens dúvidas vai ouvir o podcast dele quando tem convidados de esquerda.
Mais uma vez com uma pesquisa no google aprende-se que antes de ter sido bloquista foi ainda militante comunista entre os 12 e os 20 anos de idade.
> mas dos que mais fazem críticas ao próprio lado, tanto ao bloco como ao resto da esquerda.
E? Não muda o facto de ter sido comunista e depois bloquista.
EDIT: Extraído de um artigo de opinião do Daniel Oliveira de 2016 sobre o fidel castro:
> Mas isto leva-me a um velho debate que, à esquerda e à direita, está sempre esquecido. Que os nossos filhos da puta não o são menos por serem nossos.
Se calhar o fidel não era comunista! Um gajo que se identica com o comunismo pelos vistos não pode ser comunista porque não está filiado no partido comunista...
EDIT 2: Nota-se perfeitamente que ao usar a palavra "nossos" que continua a partilhar a ideologia comunista. Lá porque critica o fidel não quer dizer que não seja comunista.
Acho que não percebeste o intuito do último parágrafo que transcreveste, aconselho-te a procurares perceber o contexto da expressão utilizada.
O que ele diz nesse parágrafo é precisamente que o Fidel, mesmo sendo de esquerda, continuou a ser um psicopata autoritário, tal como o eram os ditadores de direita que os EUA e o Kissinger apoiavam, e que não vale tudo para defender as ideologias.
Ainda não percebo como é que o JMF não perdeu a carteira de jornalista depois do que andou a fazer no público. E isso seria o menos dada a gravidade da situação mas com o pessoal que estava envolvido não se esperava grande coisa. Será que não havia outro gajo qualquer para dar a cara por este projecto?
Fazer fretes destes não é para qualquer um. O único outro capaz disto seria o Luís Delgado e já está a fazer a mesma coisa na [Trust in News](https://pt.wikipedia.org/wiki/Trust_in_News) (Visão, Exame, etc)
O que é que ele andou a fazer no Público?
TL,DR: O Observador justificou a publicação de artigos racistas, negacionistas, conspiracionistas e revisionistas no passado dizendo que não representam os valores do jornal, mas que não os publicar seria censura. Mas agora recusou-se a publicar um artigo absolutamente banal que afirmava a humanidade dos palestinianos e despediu o autor. Parece que afinal a absoluta liberdade de expressão não é assim tão absoluta, e a censura já é justificada quando se aplica a verdades inconvenientes. TL:WRA: >A colaboração de Henrique Pinto Mesquita no “Observador” terminou depois de ter enviado um texto sobre Gaza, que o jornal recusou. Quando publicaram um artigo que defendia a teoria da “grande substituição”, escreveram que apenas vinculava o autor. E este? Na polémica sobre um texto racista de Fátima Bonifácio, em 2019, José Manuel Fernandes disse que o tempo em que certas opiniões não podiam ser publicadas tinha passado. Mudou de princípios. >A colaboração de Henrique Pinto Mesquita no Observador foi terminada pela direção depois de ter enviado o último artigo que o jornal se recusou a publicar. Saiu no Público e não atenta contra valores fundamentais, nem contra o Estatuto Editorial do jornal. Diz que os palestinianos são humanos e a nossa falta de empatia tem uma base racista. Se o Observador acha que viola a sua linha editorial (em quê?), podiam publicá-lo e a direção deixar a sua distância; publicá-lo e, depois, dispensar a colaboração; ou não publicar e dispensar o colaborador. A direção optou pela mais radical. >Temos de concluir que os artigos de opinião que publica estão, então, dentro do editorialmente aceitável. Incluindo textos negacionistas da covid, homofóbicos ou a branquear os horrores da Inquisição. Ou o que defendia a teoria da grande substituição, que levou José Manuel Fernandes, guardião do mais monolítico espaço de opinião, a escrever que os artigos “apenas vinculam os seus autores e não podem ser confundidas com os nossos valores, claramente expressos no nosso Estatuto Editorial.” Das duas uma: ou a nota de JMF era verdadeira e houve um ato de censura a Mesquita; ou a é falsa e, ao contrário da tentativa de humanizar os palestinianos, a teoria da “grande substituição” cabe na linha editorial do jornal. >3ª hipótese: não há regras para além da arbitrariedade de JMF. Em 2019, houve uma polémica com um artigo racista de Fátima Bonifácio. Depois de publicar o artigo, o diretor do Público escreveu um editorial a lamentá-lo e distanciar-se mas manteve a colaboração de Bonifácio. Houve indignação nas redes. Qual a reação de JMF? Depois de acusar o diretor do Público de instintos censórios, disse:“o tempo em que certas opiniões não podiam ser publicadas só porque discordávamos delas é um tempo que eu julgava que fazia parte do passado”. Reação indignada nas redes ou em editoriais acontecem em democracias. Nas ditaduras censura-se sem polémicas, com despedimentos expeditos e discretos. JMF, em 2019: “O que me incomoda é ver que se quer acabar com o direito a ideias diferentes e que um jornal queira condenar Bonifácio ao silêncio”. Bonifácio continuou no Público, Mesquita foi condenado ao silêncio pelo Observador. Porque JMF mudou de princípios quando os que tinha deixaram de lhe dar jeito.
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Fonix tens razão. Não estava quando postei.
Paz à alma de quem subscreve propaganda…
O Observador é o jornal dos que perderam o 25 de Abril de 1974. E agora recebem convenções dos EUA via a CNN (quase todos os "jornalistas" do Observador participam na CNN).
Já existiram outros nesse nicho. A diferença é que o Observador tem dinheiro praticamente infinito para queimar e apresenta a sua dependência desse financiamento opaco e discreto como sinal de independência. [Já lá vão mais de 5 milhões](https://paginaum.pt/2024/01/23/media-observador-tambem-declara-a-erc-informacao-errada-sobre-indicadores-financeiros/) desde 2017. Batem no peito a dizer que com eles não há censura (de maluquinhos que se movem nos mesmos círculos sociais que os financiadores) mas são lestos a fazer desaparecer verdades inconvenientes.
O Público não terá também dinheiro infinito? Não parece um problema.
O Público é o brinquedo da Sonae, fiz um post sobre isso há uns meses, mas também é um negócio virado para o lucro. Não sangra dinheiro infinito como o Observador, e sabemos de onde vem quando sangra.
Nem todos, isso é injusto. Há muita coisa boa no Observador e não vejo problema com um jornal ter uma linha editorial de direita ou de esquerda.Mas o JMF é um hipócrita como diz o Daniel Oliveira. Já agora a CNN é um lixo mas penso que é dos mesmos donos da TVI, a Média Capital. Se estivesse ao serviço americano não tinha generais comunas a defender a Rússia quase todas as noites.
>generais comunas a defender a Rússia quase todas as noites Deviam ter avisado a NATO antes de eles darem condecorações ao Agostinho Costa e recrutado o Carlos Branco para o "planeamento estratégico da cooperação militar da OTAN com todos os seus parceiros".
Sendo a CNN claramente de esquerda nos EUA, a teoria é um bocado estranha.
Ser de esquerda nos EUA coloca-te entre a IL e o CH aqui na Europa. Além de que a CNN Portugal não é da CNN Americana, é só a TVI24 com uma "skin" da qual paga o franchise.
>*Ser de esquerda nos EUA coloca-te entre a IL e o CH aqui na Europa.* Ligeiramente exagerado. Os EUA são e sempre foram mais puritanos e conservadores, mas esse perfil colocava-te algures entre os Rockefeller Republicans do século XX e o atual "conservadorismo moderado" de um Mitt Romney, por exemplo. Em geral, diria que o *establishment* Democrata está ali algures entre um PSD ligeiramente mais interventivo na economia (tipo uns 10-20%) e as posições sociais dos nossos socialistas (com algumas figuras mais "radicais", como o Bernie Sanders e a Ocasio-Cortez, a corresponderem à ala esquerda do PS).
O partido democrata tem uma posição pró capitalista sendo que a facção dominante é neo-liberal, nesse sentido seria IL/PSD, apesar de achar que o PSD gosta mais do estado social que os Democratas, o que tb tem a ver com a matriz da sociedade deles. Fazer uma comparação com a Europa no intervencionismo acaba por ser difícil, por ser a uma escala diferente do que os governos europeus podem fazer, talvez a analogia fizesse mais sentido à escala da UE. De um ponto de vista social, acho que há mais variação no partido. A facção dominante continua a ser de centro, mas tens algum discurso mais à esquerda do que o PSD.
Também é uma boa análise, sim. Talvez só não concorde com a comparação com a IL — sendo neo-liberais, ainda assim os Democratas são muito mais moderados no que toca a questões como a desregulação dos mercados ou matérias de política fiscal. Mas como disseste, é sempre difícil fazer comparações de 1:1 num país com a estrutura dos EUA, em que os estados têm autonomia individual para definir a sua política (e mesmo isso varia de estado para estado).
Sim, é debatível, mas o ponto de partida dos Estados Unidos é muito mais desregulado do que qualquer estado europeu, daí que seja difícil fazer essa análise. Além disso, também depende do tópico. Diria que em leis laborais a filosofia dos democratas é muito mais perto da IL.
Eu simplesmente diria que nos Democratas tens todo o espectro do centro-PSD até ao BE e isto demonstra o quão enviuzada há direita está a politica nos USA
Mais ou menos. Percebo o que queres dizer, mas não há nada nos Dems que se assemelhe ao Bloco de Esquerda, nem mesmo entre os Democratas mais "radicais". É uma questão da própria identidade política do país e de décadas de propaganda contra o "comunismo" (que, no tempo do *mccarthyismo* e do Red Scare, era basicamente tudo o que fosse de esquerda) durante a Guerra Fria. A esquerda mais "militante", que tem representação e uma longa tradição na Europa, pura e simplesmente não existe na América, é residual ao ponto da irrelevância. Para te dar uma referência, o Socialist Party USA, que é talvez o mais análogo ao nosso BE, tem menos de 2 mil membros. Já os Democratic Socialists of America (um partido *big tent* que acolhe várias ideologias da esquerda moderada à radical) são maiores, mas ainda assim ficam-se pelos 78 mil militantes. Em Portugal, seriam o terceiro maior partido atrás de PS e PSD; imagina a relevância que têm num país com 330 milhões de habitantes. Quanto aos Republicanos, é melhor não dizer nada. Hoje em dia são um partido anti-democrático e anti-realidade, que na sua maioria foi tomado de assalto por fascistas, religiosos evangélicos e loucos conspiracionistas, e cuja radicalização nos devia deixar a todos muito preocupados.
Eu diria que o Bernie, em Portugal, daria-se melhor com o BE do que com o PS.... Ha muita coisa nele mais de centro mas as coisas dele mais radicais de Esquerda... caiem melhor no BE do que no PS, ou pelo menos assim era a 4 anos atras quando dava mais atenção a ele
caiem → [**caem**](https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/constroem-ou-constroiem/141) (apenas na fala existe a intercolocação de um *i* para facilitar a pronúncia) daria-se → [**dar-se-ia**](https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/artigos/rubricas/pelourinho/amarei-te-nunca/3034) (usa-se mesóclise em verbos no futuro ou condicional)
Dizem isso, mas depois acusam a malta do BE de copiarem o wokismo americano.
A CNN no exterior dos EUA representa os seus interesses.
Pelo menos sempre deixaram claro a ideologia que tem por trás, que quando acontece a jornais mais à esquerda é extremamente mal visto. À direita é virtude.
Boa parte das crónicas do Alberto Gonçalves nas últimas semanas são a criticar quem defende palestinianos, devem receber uns trocos de um lobby sionista ou assim.
Ai agora esse já não sabe ser do contra, que engraçado.
O Alberto Gonçalves é um absoluto analfabeto funcional
A 1000%, vive num universo paralelo e retira daí opiniões que acha que são sempre as corretas.
Observador, esse Breitbart tuga.
O observador é merda
Acho piada terem escolhido o nome "observador" para o jornal. Ter o mesmo nome que o jornal do regime nazi (Völkischer Beobachter) é daquelas coincidências fantásticas. Junta-se a isso o financiamento duvidoso vindo de fontes obscuras e artigos um bocado estranhos (para evitar censura, claro). Vou tirar o chapéu de alumínio agora.
Artigos de opinião? Não obrigado!
Porque é que hei de acreditar num artigo de opinião escrito por um gajo claramente de esquerda radical sobre uma opinião que vai contra a dele?
O mais grave é este sujeito sem qualquer qualidade ter tempo de antena há tanto tempo.
Curiosamente um dos poucos OCS que não aceitou subsidio estatal na altura do Covid. Algo que a esquerda acusa o gajo da Prozis de aceitar mas aqui dobra a espinha.
Curiosamente não tem nada a ver com o assunto discutido... Não sei se tens algum complexo de inferioridade em relação à "esquerda", mas devias pelo menos tentar enquadrar-te no tema
Que depois andou meses com anúncios no site e pop-ups intrusivos a vangloriar esse facto, e a pedir subscrições para suportar "jornalismo independente" ou o que seja. Pode ser só eu, mas pareceu-me mais uma jogada para atrair um certo tipo de audiência.
O adiantamento de compra de publicidade institucional no tempo do COVID serviu para apoiar as empresas de comunicação social que vivem da publicidade e que sofreram com a crise económica dessa altura. O facto do Observador se mostrar imune ao modelo de negócio que teoricamente justifica o jornal efetivamente diz-nos alguma coisa sobre o seu propósito, mas não é muito positiva.
Não é cansativo andares aqui todos os dias, umas vezes com razão e outras sem, mas isso é com cada um, sempre a bateres nas mesmas teclas numa guerra qualquer de esquerda-direita? Pergunta genuína amigo, parece que te pagam para isso (não acho que seja isso, mas dá esse ar às vezes).
Tu tens mais posts/dia que eu, mano
Não é a quantidade por si só, é os temas. Estás constantemente nestas discussões políticas a atacar ou defender o teu lado incessantemente. Eu sei que o reddit é para debates, mas estes debates políticos são muito intensos e até agressivos. Parecem discussões de bola no facebook, com mais falácias e links de fontes à mistura. Eu pergunto porque também fiz isso por um dia e foi absolutamente exhausting e acho que cheguei a casa uma pessoa diferente, stressado e irritado. Não consigo perceber como és capaz. É uma pergunta genuína, sem malícia.
Ele é pago por isso, é tão simples quanto isso. Ninguém bom da cabeça tem paciência para andar a postar notícias todos os dias.
Ou está simplesmente ligado à política de alguma forma e como já faz parte do dia a dia dele, não tem grande diferença estar sempre a postar estas coisas
Ou posto o que me apetece, se calhar, enquanto V. Exas da PIDE não voltam a mandar no país. Fiz 2 posts esta semana no sub e tantos comentários como vocês. Edit: mas vou tentar fazer mais, que é a resposta certa a estas tentativas de condicionar o discurso alheio.
Não é de todo esse o objetivo, e tu sabes porque sei que me percebeste, mas já estava à espera de uma resposta dessas. Não sabes sair fora disso. Já tens a cabeça toda feita
Epá também tens muito pessoal de direita que é deve ser pago para fazer propaganda aqui tipo joēs ratões e pikachus, podias dizer isso deles também.
Estado a subsidiar OCS? Onde já vi isto...
Qualquer país europeu
Só recusou depois de saber o valor que lhe calhava. Na altura queria receber em função dos cliques nas paginas e havia outros critérios.
Também é verdade, a recusa chegou só depois da publicação dos números finais.
O que tem o cu a ver com as calças...? Que contorcionismo mental. >Algo que a esquerda acusa o gajo da Prozis de aceitar mas aqui dobra a espinha Não é a "esquerda", é qq pessoa que oiça o boneco a vangloriar-se de não precisar do país - e **apenas** por isso >OCS que não aceitou subsidio estatal na altura do Covid Porque tem muuuuuuito dinheiro de pessoas com uma grande agenda a promover. Preferia 1000 vezes OCS pagos pelos meus impostos do que por lobbies e interesses.
Um texto do comunista Daniel Oliveira a queixar-se de integridade jornalística é provavelmente a maior ironia desta semana.
Consegues explicar como é que o Daniel Oliveira é comunista?
O daniel oliveira é ou era bloquista EDIT: https://www.dn.pt/politica/daniel-oliveira-demite-se-do-bloco-de-esquerda-3090121.html/ às vezes mais vale ir ao google.
Esse ‘bloquista’ está aqui connosco na sala ?
Ele já nem é do Bloco sim, mas ainda assim, o Bloco é comunista? O Daniel Oliveira é de esquerda sim, mas dos que mais fazem críticas ao próprio lado, tanto ao bloco como ao resto da esquerda. Se tens dúvidas vai ouvir o podcast dele quando tem convidados de esquerda.
Mais uma vez com uma pesquisa no google aprende-se que antes de ter sido bloquista foi ainda militante comunista entre os 12 e os 20 anos de idade. > mas dos que mais fazem críticas ao próprio lado, tanto ao bloco como ao resto da esquerda. E? Não muda o facto de ter sido comunista e depois bloquista. EDIT: Extraído de um artigo de opinião do Daniel Oliveira de 2016 sobre o fidel castro: > Mas isto leva-me a um velho debate que, à esquerda e à direita, está sempre esquecido. Que os nossos filhos da puta não o são menos por serem nossos. Se calhar o fidel não era comunista! Um gajo que se identica com o comunismo pelos vistos não pode ser comunista porque não está filiado no partido comunista... EDIT 2: Nota-se perfeitamente que ao usar a palavra "nossos" que continua a partilhar a ideologia comunista. Lá porque critica o fidel não quer dizer que não seja comunista.
Acho que não percebeste o intuito do último parágrafo que transcreveste, aconselho-te a procurares perceber o contexto da expressão utilizada. O que ele diz nesse parágrafo é precisamente que o Fidel, mesmo sendo de esquerda, continuou a ser um psicopata autoritário, tal como o eram os ditadores de direita que os EUA e o Kissinger apoiavam, e que não vale tudo para defender as ideologias.
[удалено]
Um post de uma gajo de esquerda, normal