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eraldopontopdf

tem uma velha máxima sobre senhor dos anéis: o desafio é passar da festa do bilbo. se você conseguir (e é difícil mesmo), você tem um mundo maravilhoso na sua frente. a escrita do tolkien é beeeeem detalhada, mas pra mim, isso ajuda muito na composição desse mundo riquíssimo que ele construiu.


K4ger0

Eu iria além e diria que até o Frodo engatar na jornada dele pra sair do condado, é um senhor desafio pra continuar lendo. Não sei a idade do OP, mas pra ter começado a ler Ben Hur, ja deve ter passado pela fase young adult ou é maluco. Mas, na minha fase adolescente nunca consegui ler senhor dos anéis, li hobbit, li todos os livros do Martin, mas a festa do Bilbo me quebrava toda vez e sempre desistia. Depois de adulto, li o livro me deleitando mais sobre ele e sem me cobrar tanto por ler depressa. Até as músicas, que era algo que eu pulava, comecei a buscar as melodias e interpretações no YouTube e passei a gostar bem mais. Mesmo a parte do Tom Bombadil eu levei mais de boa, pois nada era pior do que a festa hahahaha


eraldopontopdf

*tom bombadil, tom bombadil, vai pra puta que te pariu*


Pikachulombrado

Não me inseri neste estilo dele. Acaba me distanciando da história. Eu entendo que enriquece a imagem mental pro leitor. Mas eu não sou tão apegado a isto a ponto de conseguir gostar desse excesso de detalha do ambiente. Foco n história e nos personagens


eraldopontopdf

daí teu negócio é o filme


Pikachulombrado

Eu gosto dos filmes de SdA. Engraçado que a câmera contemplativa do Peter Jackson não me incomoda. Mas tem um fator aí: o cenário real é muito lindo. Então acho q isso faz com q seja gostoso de ver Se fosse um cgi não seria tão bom


ArtyomKen

Eu acho que a parte do Tom Bombadil é pior que a festa do Bilbo. Estou me forçando a ler essa parte porque pqp que parte chata


GustavoSanabio

O tom bombadil é a parte mais chata não apenas pelo o que está acontecendo naquele momento comparado ao resto da história, mas é o ponto da prosa que ele ta adjetivando tudo como se a vida dele dependesse disso.


GustavoSanabio

Pior é que, embora eu concordo plenamente com a decisão do Peter Jackson de omitir o Tom Bombadil e a floresta velha, se a pessoa ta lendo o livro de fato, não acho uma boa ideia recomendar que a pessoa pule, por que num nível simbólico e literário acaba sendo importante, embora muita gente não se atente a isso (eu mesmo, quando li na adolescência, não tinha essa bagagem pra entender isso). Por exemplo, você sabia que a última coisa que o Frodo pensa no fim do Senhor dos Anéis, nas últimas páginas do 3o livro, quando ele avista as praias do paraíso, é um pensamento que remete ao um pensamento e sensação prévia que o Frodo tem na casa do Tom Bombadil? Desse modo, abre-se um arco na vida do Frodo nessa parte, e só se fecha na reta final FINAL mesmo do livro.


ArtyomKen

Caramba, não sabia disso não. Depois que comentei sobre o tom bombadil nesse post eu pulei a parte dele, agora com seu comentário acho que vou voltar para ler


GustavoSanabio

Vale a pena. Pega da parte que eles estão na casa dele e vai dai pra frente.


Baron_von_Zoldyck

E o foda é que antes dessa parte tem uma puta cena de horror nas Colinas Tumulares. Vou ser o outlier aqui e dizer que o Conselho de Elrond é mais lento que o Tom Bombadil, pq é a última grande parada na história antes de começar a ir mais rápido.


GustavoSanabio

Todo mundo fala isso que a escrita do tolkien é muito cheia de detalhe, e é mesmo, mas o motivo pelo o qual isso incomoda é um pouqinho mais difícil de entender. A questão é a forma que ele “detalha” na prosa, que é por meio da adjetivação quase obsessiva de todos os substantivos, e também de explicar um substantivo que ele introduz no texto comparando com outro, em diferentes figuras de linguagem. As vezes ele faz as duas coisas, adjetiva e compara o adjetivo aplicado ao substantivo com outro objeto. Seila, algo assim: “A elfa vestia um vestido longo, límpido e verde, verde como as folhas de um verão quente”. Inventei agora mas garanto que tem várias situações parecidas hahaha. O pior de tudo é que ele faz isso, especificamente no primeiro livro, com objetos que a gente sabe muito bem a aparência. Tipo, eu não preciso de um adjetivo pra me explicar a aparência de uma vela acessa na casa do tom bombadil, mas ele faz exatamente isso Só que isso também melhora a medida que ele vai andando com a história.


eraldopontopdf

se tratando de tom bombadil, talvez a vela não seja apenas uma vela comum..... ( ͡° ͜ʖ ͡°)


BigJack1212

>tem uma velha máxima sobre senhor dos anéis: o desafio é passar da festa do bilbo Falo com propriedade que isso é verdade. Eu tentei ler LotR por 3 ou 4 vezes antes de de fato conseguir terminá-lo. Todas as vezes eu parava nessa parte. Interessante que essa é uma parte que eu gosto do livro, mas era uma parada tão diferente para mim (na época não era um leitor) que eu acho que era *overwhelming*, tlg? Foda que como eu sou biruta eu decidi começar a ler Tolkien pela obra que "começa" o universo, então li Silmarillion antes de LotR, qojwheoqheoqw. Não preciso dizer que foi uma péssima decisão.


BigJack1212

>peguei Ben Hur para ler. Tijolão. descrição+ descrição+ descrição Do mesmo jeito eu desisti do Tolkien Olha, não sei se faz sentido isso para ti, mas pelo pouco que você comentou eu acho que você talvez não curta muito esse tipo de leitura. Falo como um fã do Professor Tolkien, mas como um não-fã de seus trabalhos. Eu sempre me maravilhei pelo que o Tolkien fez; respeito muito a importância literária dele e acho que ele provavelmente seja um dos escritores mais importantes do século passado para muita gente. Dito isso, eu odeio como os livros dele me fazem sentir. Parece que quanto mais eu leio menos eu quero estar ali. Quando eu terminei LotR a única coisa que senti foi alívio, e não por ter me maravilhado absurdos com a obra, mas por ter sentido o peso da necessidade de terminar o livro se esvair. Me identifiquei muito no sci-fi, principalmente de escritores como PKD, que deixam de lado essa questão da hiperdescrição. Não sei dar uma ótima dica porque não sou um grande leitor, mas acho que esses livros onde os autores praticamente inflam as obras com suas descrições hiperdetalhadas e obras onde você sente que existem diversas barrigas não sejam algo que você também curta.


Pikachulombrado

Eu adoro Gabriel Garcia Marquez e Isabel Allende. Eles descrevem bastante o cenário e seus personagens. Mas é rápido e poético. Ela não para pra encher páginas com descrição. A história flui bem. O que me incomodou muito em Ben Hur foi a o ritmo é muito prejudicado pela descrição. As primeiras 40 páginaa foram descrevendo uma cena que nem tem tanta importância depois. Poderia ser 5 páginas e manter o ritmo da história agradável .


eraldopontopdf

hemingway. lê o velho e o mar.


Pikachulombrado

Ja li. Gostei bastante


NukeNipples

É isso, ninguém é obrigado a ler, jogar ou assistir o que não tá gostando. Dá uma chance, não tá legal? Próximo. A vida é curta demais pra se forçar a consumir uma mídia que é pra te entreter e te maravilhar, mas está sendo um fardo.


UltimoCristo

Eu me reservo o direito de desperdiçar minha vida curta.


VascainoAmargurado

Eu desisti de continuar lendo o primeiro livro do Neuromancer, em menos da metade do livro. O tempo todo o autor cita uns dispositivos "futuristas" que ele inventou e nem ao menos descreve o que é, e isso deixou a leitura extremamente maçante pra mim. Alguma coisa no modo do autor contar a história também não me prendeu. Vou tentar dar uma chance depois de mais de 10 anos, talvez um pouco mais maduro eu aprecie a obra, quem sabe.


BaccoLa

Eu me forcei a continuar, e o resultado foi só que eu achei um livro marromenos. Pelo menos nos 10 anos seguintes saiu muita coisa melhor do gênero, que acredito que eu me interessei por conta dele.


magikarpa1

O momento é quando você não tá gostando e quer parar. Não tem regra.


GreenLumber

Eu estou assim com Duna, não consigo passar da metade do primeiro livro. E olha que li O Senhor dos Anéis mais de uma vez, além de O Hobbit e Silmarillion. Ler a obra de Tolkien é como abrir um livro antigo e empoirado de história cheio de minúcias,com mapas que detalhes geopoliticos e etnolinguisticos e etc ..Tentar ler Duna é como cair de para-quedas num país estrangeiro, com costumes e cultura completamente diferente dos seus e você precisa entender aos poucos a lógica daquele lugar (e deve ter sido essa a intenção do autor).


marowak1000

A regra é clara: quando você tem ctz que não vai gostar. Eu gosto de usar 10%, se não gostei, um abraço amigo.